Agilização de votação

Paulo Rocha critica permissão para demissão de servidores

Base do governo tentou acelerar tramitação de projeto que abre espaço para demissão de servidores concursados
Paulo Rocha critica permissão para demissão de servidores

Foto: Alessandro Dantas

O senador Paulo Rocha (PT-PA) criticou a movimentação da base do governo Bolsonaro na última quarta-feira (10), em plenário, a fim de agilizar a votação do Projeto de Lei do Senado (PLS 116/2017-Complementar) que abre espaço para a demissão de servidores públicos concursados e estáveis.

O projeto havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a aprovação de requerimento de urgência apresentado pela relatora da matéria, senadora Juíza Selma (PSL-MT) enviou o projeto diretamente ao plenário, impedindo a tramitação pelas comissões de Direitos Humanos (CDH) e Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

“A bancada do PT não concorda com a leitura desse requerimento [de urgência], nem agora, nem futuramente. Esse é o tipo de matéria que precisa ser aprofundada em todas as comissões já que, na verdade, flexibiliza a estabilidade do servidor público”, destacou o senador.

De acordo com a legislação vigente, os servidores públicos concursados adquirem estabilidade após três anos de serviço e avaliações periódicas de desempenho. A partir desse ponto, só podem ser demitidos por decisão judicial ou processo administrativo disciplinar.

A estabilidade é garantida pela Constituição Federal e tem o objetivo de evitar que servidores públicos sejam demitidos sempre que um novo governante for eleito, além de proteger os servidores de represálias.

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