ARTIGO

Paulo Rocha: O destino nas nossas mãos

A juventude tem força política, garra e rebeldia. E, assim como em diversos momentos da nossa história, vai mostrar compromisso para levar adiante as ideias de uma Nação livre do ódio, do rancor e da desigualdade, recuperando a democracia, a soberania e a dignidade do povo
Paulo Rocha: O destino nas nossas mãos

Foto: Alessandro Dantas

Em artigo, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) aponta para a importância dos jovens brasileiros no processo eleitoral de 2022. Para ele, os jovens que participaram em diversos momento da história nacional, serão fundamentais para “levar adiante as ideias de uma Nação livre do ódio, do rancor e da desigualdade, recuperando a democracia, a soberania e a dignidade do povo”.

Confira a íntegra do artigo

O destino nas nossas mãos

A eleição presidencial de 2022 é a mais importante desde a redemocratização do país e do fim da ditadura militar. O país está diante de uma encruzilhada que mostram caminhos diametralmente opostos. De um lado, o retrocesso, com a continuidade do atual governo liderado por um facínora que enaltece a tortura e a morte. De outro, o avanço, com a luta pela reconstrução da Nação com base em justiça social, solidariedade, amor ao próximo e trabalho para todos. Este é o projeto representado pela candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva e todos os democratas que defendem a vida, o desenvolvimento, o crescimento econômico para todos e o respeito aos direitos humanos.

Nesta disputa que se avizinha e terá desfecho em outubro, a juventude tem a oportunidade de mostrar a força mobilizadora que definirá o destino da Nação. A mocidade está atenta ao momento que vivemos. Tanto que, de acordo com a Justiça Eleitoral, até 21 de março, 854.685 jovens de 15 a 18 anos já haviam solicitado a emissão do primeiro título de eleitor. A juventude quer não apenas escolher o próximo presidente e seus representantes nos governos e no Legislativo, mas assegurar que a esperança vença o atraso liderado pelo ex-capitão do Exército, que quer implantar o neofascismo no Brasil.

A juventude tem força política e rebeldia no sangue. E, assim como em diversos momentos da nossa história, vai mostrar compromisso para levar adiante as ideias de uma Nação livre do ódio, do rancor e da desigualdade. É a juventude que, mais do que nunca, pode mostrar como podemos reconciliar o país, com sua força criativa, sua garra e seu amor. Não é hora de temer nada. É hora de esperançar, abraçar o futuro que vamos construir juntos, cidadãos comprometidos com a democracia e o bem-estar do povo.

A juventude mobilizadora é quem pode definir esta eleição ainda no primeiro turno. O artigo 14 da Constituição estabelece que o voto é facultativo para jovens de 16 e 17 anos. Só passa a ser obrigatório a partir dos 18 anos. Mas, rapazes e moças de 15 anos que completarão 16 anos até 2 de outubro, data do primeiro turno das próximas eleições, também podem tirar o título de eleitor.

Olha que oportunidade se abre para o engajamento da mocidade. No momento mais crítico da Nação, que amarga desemprego de 15 milhões de pessoas, viu a morte de 660 mil brasileiros pela omissão do governo na condução da pandemia da Covid nos últimos dois anos, e assiste inconformada a fome na casa de mais de 100 milhões de brasileiros, que sofrem com a perda de renda, é a juventude que pode definir o destino do país. A escolha do projeto que queremos para a Nação está nas nossas mãos, e devemos optar por ele sem medo de sermos felizes.

A Justiça Eleitoral registrou 1.051.000 jovens, entre 16 e 17 anos, com título de eleitor até março. Apesar de alto, este é o menor número de adolescentes aptos a votar em 20 anos. Representa o 17,32% da população brasileira nessa faixa etária. É hora de mostrar a diferença. Como diria a canção de Lulu Santos: “Eu vejo um novo começo de era,/ de gente fina elegante e sincera/ Com habilidade pra dizer mais sim que não”. Vamos dizer sim ao futuro. Vamos esperançar.

Podemos fazer mais e nos engajar de corpo e alma. A juventude que está lutando por um Brasil mais justo, batalhando por novos dias e o futuro nos movimentos sociais, engajada na política estudantil, discutindo o Brasil que queremos nas universidades, vai assumir agora o seu papel de protagonista. Devemos sair das salas de aulas nas escolas e faculdades para garantir um futuro melhor para todos. É hora de lutar para que mais jovens se cadastrem na Justiça Eleitoral para dizer não ao nefasto e sonharmos com um outro Brasil. A hora é agora. SEM MEDO DE SER FELIZ!

Artigo originalmente publicado na Revista Focus

To top