Pelo 4º mês seguido, desemprego registra queda

Pesquisa Sead/Dieese revela que em dezembro a taxa de desemprego foi de 9,8%. O Brasil se apresenta na contramão da crise internacional.

Apesar das previsões pessimistas de vários analistas do mercado e da crise mundial que, de uma forma ou outra, acaba repercutindo sobre a economia interna, a taxa de desemprego no Brasil segue em desaceleração. Pelo quarto mês consecutivo, o índice se manteve em queda, segundo dados recolhidos pela Fundação Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

De acordo com a pesquisa, o percentual passou de 10% em novembro para 9,8% em dezembro. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) estima que o total de desempregados no conjunto das sete regiões metropolitanas analisadas chega a 2,215 milhões, 43 mil a menos do que no mês anterior.

No último mês do ano, o nível de ocupação variou 0,2%. Foram criados 48 mil postos de trabalho. O número é superior ao contingente de 6 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, o que possibilitou a diminuição da taxa de desemprego. A pesquisa mostra que o total de ocupados em dezembro foi estimado em 20,350 milhões e a população economicamente ativa (PEA), em 22,565 milhões.

 

Comparando-se 2012 com o ano anterior, a taxa manteve-se praticamente estável: era de 10,4% em 2011e 10,5% em 2012. Vale lembrar que, em alguns países da Comunidade Européia, o índice ultrapassa a marca de 25%. Na semana passada, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulgou uma previsão sinistra em seu relatório anual sobre tendências mundiais do emprego: o desemprego mundial atingirá mais de 202 milhões de pessoas em 2013 e baterá o recorde absoluto de 199 milhões que data de 2009, estimou nesta terça-feira a OIT em seu relatório anual sobre as tendências mundiais do emprego divulgado em Genebra.

 

Ainda segundo a OIT, os jovens também são particularmente afetados pelo desemprego. 73,8 milhões de jovens carecem de emprego no mundo, e a desaceleração da atividade econômica provavelmente conduzirá a outro meio milhão de jovens até 2014, de acordo com o relatório.

 

Ou seja, o Brasil está na contramão da crise. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) mostrou ainda que o desemprego caiu para 9,8%, ante 10% em novembro. O levantamento é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e no Distrito Federal.

 

Renda

O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados e assalariados também permaneceu relativamente estável em novembro, na comparação com outubro, de acordo com a Pesquisa. Na média das sete regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio dos ocupados subiu 0,2% em novembro, para R$ 1.586. O dos assalariados caiu -0,2%, para R$ 1.607.Já a massa de rendimentos dos ocupados cresceu 1,2% e a dos assalariados aumentou 0,8%.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 3% e o dos assalariados manteve quase estável, com alta de apenas 0,1%. Já a massa de rendimento dos ocupados aumentou subiu 6,1% ante novembro de 2011 e a dos assalariados aumentou 2,8%.

 

A região metropolitana de Salvador apresentou a maior queda da taxa de desemprego, que foi de 17,2% em novembro para 16,6% em dezembro de 2012. Houve queda também em Porto Alegre (7% para 6,5%) e em São Paulo (10,3% para 10%). Em Fortaleza a taxa se manteve em 7,7%. Houve relativa estabilidade em Recife (12,1% para 12,2%) e no Distrito Federal (10,9% para 11,1%). A região de Belo Horizonte apresentou crescimento de 4,9% para 5,3% na taxa.

 

Na comparação por setores, o nível de ocupação em dezembro cresceu 1,5% (45 mil postos de trabalho) na indústria de transformação. No comércio e reparação de veículos houve crescimento de 1,6% (63 mil postos), e na construção o aumento foi de 2,2% (36 mil postos). Serviços apresentou queda de 0,6% (75 mil postos a menos) no índice.

 

Entre 2011 e 2012, o nível de ocupação cresceu em todas as regiões pesquisadas: 5,1% em Recife, 4,9% em Salvador, 3,3% no Distrito Federal, 2% em Belo Horizonte, 1,5% em Fortaleza, 1,2% em São Paulo e 0,7% em Porto Alegre.

 

Com informações das agências de notícias

Foto: http://www.diarioliberdade.org

 

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