O País perdeu dois milhões de empregos formais em 2016, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados pelo Ministério do Trabalho na última quinta-feira (19). O resultado é o pior da série da pesquisa, iniciada em 1976.
Esse foi o segundo ano consecutivo de fechamento de vagas formais. Em 2015, o Brasil já havia perdido 1,51 milhão de empregos com carteira assinada.
“Esse é mais um escândalo produzido pelo governo Temer. A queda brusca na geração de empregos formais é só mais uma mostra do fracasso da política de austeridade implementada por Henrique Meireles e iniciada após o golpe que tem asfixiado e destruído a economia nacional. Destruíram a indústria da construção civil e ameaçam toda a cadeia produtiva da política de conteúdo nacional”, disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).
De acordo com o Ministério do Trabalho, as demissões atingiram mais os homens do que as mulheres no ano passado. Em 2016, 1,26 milhão de homens perderam seus empregos e 736 mil mulheres foram demitidas. No ano anterior, 1,07 milhão de homens foram demitidos, contra 438 mil mulheres.
Com essa baixa no mercado de trabalho formal, o estoque de trabalhadores que era de 48,06 milhões no final de 2015 recuou para 46,06 milhões de postos no final de 2016. Para o final de um ano, é o menor estoque desde 2011 (46,31 milhões).
“Em dois anos, [o país] regrediu pelo menos uns quatro anos. Essa crise começou no final de 2014. Em 2015, se torna evidente, principalmente a partir de abril. E 2016 é um aprofundamento dessa crise. Houve um ciclo vicioso com queda do emprego, queda da massa salarial e com encolhimento do mercado interno”, declarou o coordenador de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Com informações do G1