Desastre neoliberal

“PIBinho” de 1,1% confirma desaceleração da economia brasileira

O desempenho da economia no primeiro ano de Bolsonaro-Guedes é pior do que no governo Temer
“PIBinho” de 1,1% confirma desaceleração da economia brasileira

Foto: Reprodução

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgados nesta quarta-feira. O desempenho da economia no primeiro ano de Bolsonaro é pior do que no governo Temer, de 1,3%. Ao contrário do prometido ao longo do ano, o “pibinho” de Guedes confirma que a economia está em desaceleração, a caminho da estagnação.

Um dos principais componentes do PIB pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5% no quarto trimestre, frustrando a expectativa de crescimento de 1,1%. Do ponto de vista industrial, os investimentos em máquinas, construção civil e pesquisa caíram 3,3% no quarto trimestre de 2019, quando a retração esperada era de 1,9%. O desempenho da agropecuária, além de ter sido mais fraco do que o de 2018 (1,4%), foi o pior desempenho anual do setor desde 2016 (-5,2%).

O PIB de 1,1% é resultado, em especial, dos dados verificados durante o mês de dezembro, que apontou para um 2020 ainda pior. Segundo a CNI, 44% da indústria de transformação fechou o ano em recessão. O varejo caiu 0,1% em dezembro contrariando a expectativa de crescimento das vendas de Natal. Também em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4%.

O PIB divulgado impõe a mudança de rumos na condução da economia, como já apontou em Plano Emergencial o Partido dos Trabalhadores. A redução das taxas de juros já provou que não estimulou investimentos privados, nem a recuperação da indústria e do emprego. Vendidas como soluções milagrosas, as “reformas” trabalhista e previdenciária apenas pioraram a economia e a vida do povo.

“O PIB teve um crescimento pífio em 2019: 1,1%. As perspectivas para 2020 são piores ainda”, alerta o senador Paulo Paim (PT-RS). “Não há geração de emprego; são 12 milhões de desempregados; 40 milhões na informalidade, sem direitos sociais, trabalhistas; salários arrochados”, adverte Paim. Para o senador, para piorar, “segundo o TCU, há 14 mil obras paralisadas”.

 

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