Veto presidencial à renovação de contratos subsidiados de fornecimento de energia elétrica da Chesf com a indústria eletrointensiva do Nordeste preocupa Walter Pinheiro (PT-BA). Durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura, senador cobrou do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, qual solução será apresentada pelo governo para impedir a paralisação da indústria a partir do mês de junho próximo, quando vencem esses contratos. Em resposta, ministro afirmou que o governo estuda a criação de um fundo de R$ 20 bilhões para o setor solucionar o fornecimento de energia da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) com grandes consumidores de energia do Nordeste.
Pinheiro quer saber do governo: qual é a sinalização?Pinheiro voltou a manifestar preocupação com a sobrevivência dos grandes consumidores industriais da região Nordeste que têm contratos com a Chesf.
“Nós temos contratos que vencem agora em junho. Da votação do veto para cá, qual é a sinalização?” perguntou. No ano passado, um dos caminhos apresentado por Pinheiro para a solução do setor foi a aprovação de uma emenda, acatada no texto final da MP 656/2014, mas vetada pelo Executivo.
“Queremos uma posição e empenho do senhor para a análise das condições atuais dos contratos. Precisamos que o Ministério sinalize para o setor antes do final dos contratos. Não podemos chegar ao extremo e deixar para sinalizar com uma posição apenas na época da renovação do contrato, no mês de junho”, cobrou Pinheiro.
“A solução para os eletrointensivos poderá vir por meio de um fundo de investimento que contará com aporte de 49% da Chesf e 51% do setor privado. Esse fundo está em construção”, anunciou o ministro. Segundo ele, o plano de investimento contará com aporte de cerca de R$ 20 bilhões e será concretizado em breve. Pinheiro mantém a articulação para uma saída para o problema, que afeta outros estados, a exemplo de Pernambuco, Alagoas e Ceará.
O senador pediu ainda apoio de Braga para garantir competitividade do setor para alavancar a produção brasileira. “ São essas indústrias competitivas do Brasil que podem ampliar a produção, com a estrutura que detém, e vender mais no mercado externo, nesse momento de alta de dólar”, ressaltou Pinheiro.
(Com a Assessoria do Gabinete do senador Walter Pinheiro)
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