inflação descontrolada

Planos de saúde terão reajuste recorde após aumento de remédios

Setor estima que alta deve variar entre 15% e 18,2% a partir de maio. Responsável por regular os planos de saúde desde 2000, a ANS definirá até o fim do mês o próximo índice oficial de correção, que valerá entre maio de 2022 e abril de 2023
Planos de saúde terão reajuste recorde após aumento de remédios

Foto: Agência PT

A inflação fora de controle do atual governo força a alta não apenas dos preços dos medicamentos — que começaram o mês 11% mais caros — como também dos planos de saúde. A expectativa das empresas do setor é de que o aumento deste ano ultrapasse os 13,57% registrados em 2016 e chegue a até 18,2%, o que seria maior reajuste em duas décadas.

Responsável por regular os planos de saúde desde 2000, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definirá até o fim do mês o próximo índice oficial de correção, que valerá entre maio de 2022 e abril de 2023. Ano passado, a redução da demanda por uso de serviços médicos devido à pandemia fez com que os planos individuais concedessem um desconto de 8,2%. Neste ano, tanto essa modalidade quanto a dos planos coletivos, que agregam os convênios empresariais, sofrerão reajustes pesados.

“Diversos fatores influenciam o reajuste dos planos de saúde, como o aumento do preço de medicamentos e insumos médicos, o crescimento da utilização de recursos dos planos e a incorporação de novas tecnologias nas coberturas obrigatórias aos planos de saúde”, explicou a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) em nota.

Além da alta da inflação, da sinistralidade e de forte retomada dos procedimentos eletivos, a entidade estima que os impactos da chamada Covid longa atingirão de 10% a 20% dos que contraíram a doença, ou até 6 milhões de pessoas no Brasil.

Outras instituições, como o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), corroboram a expectativa. Um levantamento que considera a variação dos custos médico-hospitalares e verifica a média ponderada entre categorias de preços do serviço apontou variação de 18,2% no período de 12 meses encerrado em junho de 2021.

No Twitter, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou o aumento. “Era só o que faltava, depois da alta dos preços dos remédios, governo pode autorizar reajuste dos planos de saúde em até 18,2%. Ninguém merece esse governo, Bolsonaro é um desalmado que o brasileiro tá aturando. Torcendo aqui pro tempo passar logo e a gente se livrar desse homem.”

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