População desocupada cresce, redução da desigualdade se mantém, aponta IBGE

População desocupada cresce, redução da desigualdade se mantém, aponta IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, nesta sexta-feira (13), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014. Os números apontam crescimento da taxa de desocupação e do trabalho infantil, mas também a queda no analfabetismo, aumento da escolarização, da renda média mensal real dos brasileiros e da desigualdade.

Segundo a PNAD, a população desocupada aumentou 9,3% (617,2 mil pessoas) entre 2013 e 2014, chegando a 7,3 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade. Todas as regiões apresentaram expansão da desocupação, principalmente Sudeste (15,8%) e Nordeste (5,2%). A taxa de desocupação cresceu de 6,5% para 6,9% no período, atingindo 7,3% no Sudeste e 8,0% no Nordeste.

O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população de 15 anos ou mais de idade) também cresceu de 61,2% para 61,9% entre 2013 e 2014.

Quanto à inserção no mercado de trabalho, a participação dos empregados caiu de 62,3% para 61,3%, enquanto a dos conta-própria cresceu de 20,7% para 21,4%. O contingente de empregados com carteira assinada em atividade não agrícola cresceu 1,0% (345 mil pessoas a mais), apesar da queda de 1,2% (menos 220 mil pessoas) no Sudeste.

Cresce rendimento mensal e cai a desigualdade
De 2013 para 2014, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto os domicílios pertencentes aos 10% com menor renda domiciliar per capita tiveram aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os domicílios pertencentes aos 10% com maior renda tiveram aumento menor, de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183), denotando queda da desigualdade na distribuição do rendimento domiciliar per capita.

Os rendimentos de trabalho tiveram aumento de 0,8% (de R$ 1.760 para R$ 1.774) e o índice de Gini da distribuição desses rendimentos, que vem em trajetória decrescente desde 2004, passou de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014 (quanto menor, menos desigual). Nesse mesmo período, o índice de Gini dos rendimentos de todas as fontes passou de 0,501 para 0,497, e o do rendimento domiciliar passou de 0,497 para 0,494.

Rendimento de todos os trabalhos fica em R$ 1.774
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais ocupadas com rendimento em 2014 foi estimado em R$ 1.774, valor 0,8% superior ao de 2013 (R$ 1.760). Em relação a 2013, houve aumentos nas regiões Sudeste (2,5%; de R$?1.987 para R$?2.037), Sul (1,4%; de R$?1.928 para R$?1.955) e Norte (1,1%; de R$?1.409 para R$?1.424), porém, as regiões Nordeste (-2,6%; de R$ 1.210 para 1.178) e Centro-Oeste (-2,1%; de R$ 2.123 para R$ 2.078) registraram quedas.

A média de rendimento para as pessoas pertencentes ao grupo dos 10% de menor rendimento mensal de todos os trabalhos subiu 4,1% entre 2013 e 2014, ficando em R$?256. Por outro lado, a média de rendimento para os 10% de rendimentos mais elevados caiu 0,4% no período, ficando em R$?7.154. Assim, em 2014, as pessoas com menores rendimentos receberam 3,6% do valor obtido pelas pessoas com maiores rendimentos. Em 2013 essa relação era menor, 3,4%.

O índice de Gini da distribuição do rendimento mensal real de todos os trabalhos permaneceu numa trajetória decrescente desde 2004, passando de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014. A região Nordeste apresentou o maior nível de desigualdade (0,501) e a Sul, o menor (0,442). O índice de Gini mede o grau de concentração de renda, variando de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima).

Rendimento dos trabalhadores domésticos sobe 1,4% de 2013 para 2014
Os empregados e trabalhadores domésticos receberam em média R$?1.603 em 2014, cerca de 1,4% a mais do que a média do ano anterior (R$?1.581). Os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada mostraram crescimento nos rendimentos de 2,8% (de R$?928 para R$?954) e os trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, de 4,4% (de R$?571 para R$?596). Os rendimentos dos trabalhadores com carteira assinada aumentaram 1,3% (de R$?1.662 para R$?1.683), enquanto os militares e estatutários apresentaram acréscimos de 3,3% (de R$?2.858 para R$?2.951). Para os trabalhadores por conta própria, o aumento foi de 1,2% (de R$1.468 para R$1.485). A categoria de outros empregados sem carteira de trabalho assinada foi a única que apresentou redução no rendimento médio real do trabalho principal, passando de R$ 1.130 para R$ 1.119 (-1,0%).

 

A proporção do rendimento de trabalho das mulheres em relação ao rendimento dos homens passou de 73,5%, em 2013, para 74,5%, em 2014. Em média, em 2014, os homens receberam R$ 1.987 e as mulheres R$ 1.480. Outra forma de observar o diferencial do rendimento por sexo é pela análise da proporção de pessoas que receberam até um salário mínimo em 2014: 21,5% dos homens ocupados contra 30,6% das mulheres ocupadas. Além disso, havia proporcionalmente mais mulheres ocupadas e sem rendimento ou recebendo somente em benefícios (9,8%) do que homens (5,0%).

Rendimento de todas as fontes cai no Nordeste e no Centro-Oeste
Em 2014, o rendimento médio mensal real de todas as fontes (das pessoas de 15 anos ou mais de idade com rendimento) foi de R$?1.679, 0,5% acima do estimado em 2013 (R$?1.670). Houve aumentos nas regiões Sudeste (1,5%), Sul (1,5%) e Norte (0,7%). Por outro lado, esse rendimento caiu nas regiões Nordeste (-1,8%) e Centro-Oeste (-1,0%). Ainda assim, as maiores reduções na desigualdade de distribuição dos rendimentos de todas as fontes, medidas pelo índice de Gini, foram observadas no Nordeste (-3,7%, passando de 0,509 para 0,490) e Centro-Oeste (-2,2%, de 0,519 para 0,507). Apenas o Sudeste não apresentou redução da desigualdade no período (0,3%, de 0,483 para 0,485). Para a média Brasil, o índice de Gini de todas as fontes caiu passou de 0,501 para 0,497, apontando valores decrescentes desde 2004.

Rendimento domiciliar per capita cresce 2,4% entre 2013 e 2014
Entre 2013 e 2014, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto os domicílios pertencentes aos 10% com menor renda domiciliar per capita tiveram aumento real do rendimento médio de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os domicílios pertencentes aos 10% com maior renda tiveram aumento menor, de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183). Com isso, os 10% com maiores rendimentos, que em 2013 recebiam 34,8 vezes mais que os 10% com menores rendimentos, tiveram essa proporção reduzida para 33,4 vezes, denotando uma queda da desigualdade da distribuição do rendimento domiciliar per capita.

Considerando os 67,1 milhões de domicílios com rendimento, a média do rendimento mensal real domiciliar passou de R$ 3.126 para R$ 3.133, um aumento de 0,2%. A região Centro-Oeste apresentou o maior rendimento domiciliar (R$ 3.746) e a região Nordeste, o menor (R$ 2.091). O índice de Gini desse rendimento passou de 0,497 em 2013 para 0,494 em 2014.

Cai o analfabetismo, cresce a escolarização
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais, que em 2013 foi de 8,5%, recuou para 8,3% em 2014, mas ainda mostra distorções entre as regiões, variando de 16,6% no Nordeste para 4,4% no Sul. A taxa de escolarização (percentual de pessoas que frequentam escola) mostrou crescimento entre as crianças de 4 a 5 anos (de 81,4% em 2013 para 82,7% em 2014) e continua registrando seu maior nível no grupo de 6 a 14 anos, em que chega a 98,5%.

Educação: taxa de analfabetismo recua de 8,5% em 2013 para 8,3% em 2014
Em 2014, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade no país era de 8,3% (correspondendo a 13,2 milhões de pessoas) e recuou em relação a 2013 (8,5% ou 13,3 milhões de pessoas). O Nordeste tinha a maior taxa de analfabetismo (16,6%), enquanto as menores taxas eram do Sul (4,4%) e do Sudeste (4,6%).

A taxa de analfabetismo era de 8,6% para os homens e de 7,9% para as mulheres em 2014. As maiores diferenças entre as taxas, por sexo, estavam no Norte (9,7% para os homens e 8,3% para as mulheres) e no Nordeste (18,5% e 14,9%, respectivamente). Observa-se, ainda, que a taxa de analfabetismo aumenta à medida que a idade avança, sendo de 0,9% na população de 15 a 19 anos de idade e atingindo 23,1% dentre as pessoas de 60 anos ou mais.

Cresce a escolarização das crianças com 4 e 5 anos de idade
De 2013 para 2014, houve aumento da taxa de escolarização entre as crianças de 4 a 5 anos de idade (de 81,4% para 82,7%). Nos grupos de 15 a 17 anos (84,3%) e de 18 a 24 anos (30,0%) houve estabilidade. Em 2014, o grupo de 6 a 14 anos tinha a maior taxa de escolarização (98,5%); em 2013, essa taxa era de 98,4%.

Em 2014, entre a população com 25 anos ou mais de idade, 32,0% tinham ensino fundamental incompleto e 25,5%, médio completo. Em relação a 2013, caiu a proporção de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo (de 12,3% para 11,7%) e cresceu a das pessoas com superior completo (de 12,6% para 13,1%).

Mulheres têm maior escolarização
No período,  a população tinha, em média, 7,7 anos de estudo, contra 7,6 em 2013. A maior média estava no Sudeste (8,4 anos) e a menor, no Nordeste (6,6 anos). As mulheres tinham, em média, 8,0 anos de estudo e os homens, 7,5 anos. Em todas as regiões, as mulheres tinham mais anos de estudo que os homens e as maiores diferenças por sexo estavam no Norte (7,6 anos para as mulheres e 6,8 anos para os homens) e no Nordeste (7,0 anos para as mulheres e 6,2 anos para os homens). A menor diferença estava no Sudeste (8,5 e 8,3 anos, respectivamente).

Cresce o trabalho infantil
A PNAD registrou aumento de 4,5% (143,5 mil) no número de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos ocupados, totalizando 3,3 milhões (8,1% do total na faixa etária) nessa condição em 2014 (eram 3,2 milhões em 2013, o equivalente a 7,5% do total). Destes, 16,6% (553,6 mil) tinham entre 5 a 13 anos de idade (trabalho infantil). Nas regiões Norte e Nordeste, essa proporção subia para 27,5% e 22,4%, respectivamente.

A população ocupada na faixa de 5 a 13 anos de idade passou de 506 mil em 2013 para 554 mil em 2014 (mais 9,3%) e, assim como em 2013, concentrou-se na atividade agrícola (62,1% dos ocupados).

O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade subiu de 7,5% em 2013 para 8,1% em 2014, tendo se elevado em todas as grandes regiões. A região Norte apresentou o maior aumento (de 8,2% para 9,2%) e a Sudeste, o menor (de 6,2% para 6,6%).

Proporção de idosos na população segue aumentando
A população do Brasil na data de referência da PNAD (27/09/2014) foi estimada em 203,2 milhões de pessoas. Em relação a 2013, eram 1,7 milhão de habitantes a mais (alta de 0,9%). O Sudeste tinha a maior população (85,3 milhões) e o Centro-Oeste, a menor (15,3 milhões). Em relação a 2013, as maiores variações de população foram no Centro-Oeste (1,5%) e no Norte (1,4%), e a menor, no Nordeste (0,7%).

Em 2014, os idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade) representavam 13,7% da população, contra 13,0% em 2013. Os maiores percentuais de idosos estavam no Sul (15,2%) e no Sudeste (15,1%) e o menor, na região Norte (9,1%). Quanto à cor ou raça, 45,5% da população se declarou branca em 2014, enquanto 45,0% se declararam pardos; 8,6%, pretos e 0,9%, indígenas ou amarelos. Em 2014, o Distrito Federal continuou com o maior percentual de pessoas não naturais da unidade da federação (49,3%) e o Rio Grande do Sul, com o menor (4,2%).

Trabalho: população desocupada aumenta 15,8% no Sudeste
O contingente de desocupados (pessoas de 15 anos ou mais de idade que não estavam ocupadas e tomaram providência efetiva para conseguir um trabalho) aumentou 9,3% (617,2 mil pessoas) em 2014, chegando a 7,3 milhões. Todas as regiões apresentaram expansão da desocupação, principalmente Sudeste (15,8%) e Nordeste (5,2%). Mais da metade (56,7%) dos desocupados eram mulheres; 28,3% nunca tinham trabalhado; 34,3% eram jovens de 18 a 24 anos de idade; 60,3% eram pretos ou pardos; e 50,1% deles não tinham completado o ensino médio. Frente a 2013, destaca-se a redução no percentual dos desocupados que não tinham trabalhado anteriormente (de 31,0% para 28,3%) e o aumento dos desocupados entre 18 e 34 anos (de 32,7% para 34,3%).

A taxa de desocupação cresceu de 6,5% para 6,9% entre 2013 e 2014 no país, sendo a menor taxa observada na região Sul (4,0%) e a maior no Nordeste (8,0%). A maior variação frente a 2013 ocorreu na região Sudeste, onde a taxa cresceu 0,8 ponto percentual (p.p), atingindo 7,3%. Segundo os grupos de idade, a população mais jovem tinha as maiores taxas: de 15 a 17 anos de idade (25,7%) e de 18 a 24 anos de idade (15,2%). Para os homens, em 2014, a taxa de desocupação era de 5,3% e para as mulheres, 8,8%.

Nível da ocupação cresce de 61,2% em 2013 para 61,9% em 2014
A população ocupada totalizou 98,6 milhões de pessoas em 2014, com um crescimento na parcela de ocupados com 60 anos ou mais (de 7,5% para 8,2% dos ocupados), seguindo a tendência de aumento da participação dos idosos na população residente no país. O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população de 15 anos ou mais de idade) cresceu de 61,2% para 61,9% entre 2013 e 2014. Essa estimativa para as mulheres foi de 51,2% e de 73,7% para os homens. Pessoas com ensino médio completo (30,1%) e ensino fundamental incompleto (26,4%) predominaram na população ocupada e a participação de ocupados com ensino superior completo cresceu de 13,9% para 14,3%.

Proporção de empregados cai e de trabalhadores por conta própria cresce
Quanto à inserção no mercado de trabalho, a proporção de empregados (60,5 milhões) caiu 1,0 ponto percentual, passando de 62,3% em 2013 para 61,3% em 2014, enquanto os trabalhadores por conta própria (21,1 milhões) cresceram de 20,7% para 21,4%. Entre os trabalhadores domésticos (6,4 milhões), houve redução de 6,7% para 6,5%, e estabilidade em 3,8% no grupo de empregadores (3,7 milhões). Cabe ressaltar que em termos do contingente, tanto os empregados quanto os trabalhadores domésticos registram expansão, de 1,3% (765 mil) e 0,2% (16 mil), respectivamente. Na comparação com 2013, a queda mais acentuada nos empregados foi no Sudeste (de 67,7% para 66,2%).

Carteira assinada cresce 1,0 % no país, mas tem redução de 220 mil no Sudeste
O contingente de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado não agrícola registrou acréscimo de 1,0% ou 345 mil trabalhadores, passando de 34,7 milhões em 2013 para 35,1 milhões de pessoas em 2014. O aumento ocorreu no Norte (5,6%), Nordeste (5,4%), Centro-Oeste (2,1%) e Sul (1,8%), mas houve queda no Sudeste -1,2%), com redução de 220 mil ocupados com carteira no setor privado não agrícola. Sudeste (82,5%) e Sul (84,6%) foram as regiões com maiores percentuais de empregados com carteira, seguida por Centro-Oeste (78,0%), Norte (68,1%) e Nordeste (66,7%).

A PNAD captou aumento na proporção de trabalhadores conta própria (de 17,8% para 19,0%) e empregadores (de 78,6% para 80,5%) registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) entre 2013 e 2014. No Centro-Oeste, a formalização dos trabalhadores por conta própria passou de 19,7% para 23,0%; no Sudeste, de 23,4% para 25,0%; e no Sul, de 27,2% para 28,2%. Os menores percentuais de formalização foram verificados no Nordeste, embora tenha aumentado de 8,8% para 9,4%, e na região Norte, onde houve recuo de 8,9% para 8,8%. As maiores proporções de empregadores em empreendimento com registro no CNPJ foram observadas nas regiões Sul (89,4%) e Sudeste (83,7%).

Em 2014, 61,7% dos ocupados (60,8 milhões de pessoas) eram contribuintes de instituto de Previdência. Em relação a 2013, a expansão foi de 3,1% (1,8 milhão de pessoas). As regiões Sudeste e Sul atingiram proporção superior a 70,0%, enquanto no Norte e Nordeste menos da metade dos ocupados eram contribuintes da Previdência.

Tecnologia: número de pessoas que acessam a internet por computador cresce 11,4% em um ano
No Brasil, aproximadamente 95,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a internet por meio de microcomputador no período de referência da PNAD (28/09/2013 a 27/09/2014), um crescimento de 11,4% (ou 9,8 milhões de usuários) em relação ao ano de 2013. Pela primeira vez, a proporção de internautas passou da metade da população residente, saindo de 49,4% em 2013 para 54,4% em 2014. Em todas as grandes regiões, houve crescimento do contingente de internautas: 19,3% no Norte, 14,6% no Nordeste, 9,5% no Sudeste, 10,0% no Sul e 12,0% no Centro-Oeste.

Já a posse de telefone celular para uso pessoal teve um incremento de 4,9% em 2014 (6,4 milhões de pessoas a mais), totalizando 136,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade que tinham o aparelho. A proporção destas pessoas, que em 2013 era de 75,2%, passou a 77,9% do total.

Habitação e bens duráveis: domicílios próprios caem e alugados aumentam
O número de domicílios particulares permanentes no país, em 2014, foi estimado em 67,0 milhões, um aumento de 2,9% (1,9 milhão de domicílios) em relação ao ano anterior. Considerando a condição de ocupação em 2014, 73,7% eram próprios, 18,5% eram alugados e 7,4%, cedidos. Em relação a 2013, houve uma queda de 0,6 ponto percentual no número de domicílios próprios e um aumento de 0,6 ponto percentual no número de domicílios alugados.

Em relação à posse de bens duráveis, o número de domicílios com máquina de lavar roupa foi o que apresentou o maior crescimento de 2013 para 2014 (5,1%), passando de 57,5% para 58,7% dos domicílios. Já a maior redução foi observada no número de domicílios com DVD (-2,9%), que saiu de 72,1% para 68,0% das residências. Em 30,4 milhões de domicílios ao menos um morador possuía carro para uso pessoal, um aumento de 6,7%. Em termos percentuais, a proporção passou de 43,7% em 2013 para 45,3% em 2014. Em 14,2 milhões de domicílios havia moradores com posse de motocicleta, um crescimento de 6,4%, alcançando 21,2% dos domicílios (em 2013, eram 20,5%).

A posse de microcomputador atingiu 32,5 milhões de domicílios, sendo 28,2 milhões com acesso à internet, um crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior. Porém, em termos proporcionais, houve queda tanto no percentual de domicílios com microcomputador (de 48,9% para 48,5%) quanto com microcomputador com acesso à internet (de 42,4% para 42,1%).

A proporção de domicílios com algum tipo de telefone, em 2014, foi de 93,5% (62,7 milhões), sendo que em 37,8 milhões (56,3%) havia apenas telefone móvel celular. Em relação a 2013, a proporção de domicílios que possuíam apenas telefone móvel celular cresceu 2,3 pontos percentuais (era de 54%), mais do que a proporção de domicílios com algum tipo de telefone, que aumentou 0,9 ponto percentual (era de 92,5%).

Percentual de domicílios ligados à rede coletora de esgoto cresce no Norte
A proporção de domicílios que dispunham de serviços de rede coletora de esgoto passou de 63,4%, em 2013, para 63,5%, em 2014 (1,2 milhão de domicílios a mais), totalizando 42,6 milhões de domicílios atendidos. Apesar de contar com a menor proporção entre as grandes regiões, o Norte teve o principal crescimento no período, passando de 19,3% para 21,2%; já o Centro–Oeste teve variação negativa, de 48,1% para 46,5%. Os domicílios das regiões Sudeste e Sul permanecem com as maiores coberturas para esse serviço, 61,9% e 87,7%, respectivamente. No Nordeste essa proporção chegou a 41,1%. Dentre os outros serviços, de 2013 para 2014, foram observados crescimentos no número de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água (1,9 milhão a mais, com o percentual no total de domicílios crescendo de 85,0% para 85,4%), coleta de lixo (2,0 milhões a mais, aumentando de 89,4% para 89,8%) e iluminação elétrica (1,9 milhão a mais, variando de 99,6% para 99,7%).

Indicadores harmonizados: rendimento real de trabalho cresce 28,8% entre 2001 e 2014
Os indicadores harmonizados da PNAD trazem comparações no período de 2001 a 2014. Para isso, os resultados foram calculados considerando somente a cobertura geográfica da PNAD existente até 2003, quando a pesquisa não contemplava as áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

Em 2001, a taxa de desocupação era de 9,4%. A evolução da taxa de desocupação mostra tendência de queda, com alguns momentos de alta, atingindo seu nível mais baixo em 2012 (6,2%) e passando a 6,9% em 2014. A taxa mais elevada foi observada em 2003 (9,7%).

Por grupamento de atividade, a distribuição da população ocupada mostrou que houve redução da participação de pessoas ocupadas na atividade agrícola desde 2001 (de 20,0% para 13,4% em 2014), com queda mais acentuada a partir de 2005. A atividade de comércio e reparação registrou alta de 1,4 ?ponto percentual no mesmo período (de 17,0% para 18,4%) e a participação de pessoas ocupadas na indústria de transformação passou de 13,8% para 12,4%.

A evolução do rendimento médio mensal real de trabalho durante o período de 2001 a 2014 apresentou momentos distintos: de 2001 a 2004, perda média anual, e de 2005 a 2014, ganhos reais anuais. De 2001 a 2004, o rendimento passou de R$ 1.386 para R$ 1.246, subindo para R$ 1.785 em 2014. De 2001 a 2014, o crescimento foi de 28,8%.

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade vem diminuindo ao longo dos últimos anos no Brasil. Comparando-se 2001 e 2014, observou-se uma redução de 4,3 pontos percentuais (de 12,4% para 8,1%), o que corresponde a uma redução de 2,5 milhões de analfabetos.

 

Fonte: IBGE

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