O senador José Medeiros (PSD-MT) apresentou junto ao Conselho de Ética denúncia contra o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), pela defesa intransigente das seis senadoras de oposição que lutaram contra a aprovação do projeto de reforma trabalhista (PLC 38/2017) no último dia 11 de julho. A denúncia foi aceita pelo presidente do Conselho, João Alberto Souza (PMDB-MA).
A última reunião do Conselho de Ética, realizada no dia 8, tinha o objetivo de abrir processo por quebra de decoro contra as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Ângela Portela (PDT-RR) para analisar a conduta das parlamentares durante o protesto em defesa da manutenção dos direitos trabalhistas.
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Durante a sessão do Conselho de Ética, o senador Lindbergh questionou o fato de o mesmo colegiado que “fechou os olhos para malas de dinheiro, compra de votos e encontros furtivos na calada da noite e se demonstrou escandalizado contra as marmitas almoçadas pelas senadoras durante o ato político” querer punir as senadoras por promoverem um ato político legítimo no plenário do Senado.
“Nossa luta foi para impedir a punição das seis senadoras que estavam apenas honrando os votos que receberam. O arquivamento da denúncia foi uma grande vitória. Infelizmente, tem senador que gosta de aparecer e, frustrado com o resultado, resolveu apresentar nova denúncia: agora contra mim. Mas se a direita pensa que isso vai nos intimidar… estão muito enganados”, disse o senador Lindbergh.
José Medeiros chega a afirmar, na peça, que o líder do PT no Senado integra a “Bancada da Chupeta”. Com isso, Medeiros – que acusa Lindbergh de ser desrespeitoso com os colegas senadores – mostra total falta de respeito com o total de senadoras e senadores que compõem a bancada do PT.
Além disso, Medeiros diminui a atuação de Lindbergh junto ao Conselho de Ética por não ser membro do colegiado. Mas, regimentalmente, o senador Lindbergh Farias, por ser líder de bancada, tem o direito de participar das reuniões de qualquer dos colegiados do Senado, com competência, inclusive, para encaminhar votação e formular questão de ordem.
“Não vão me intimidar. Nós não temos medo. Estamos aqui lutando por uma causa”, enfatizou Lindbergh.
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