O Conselho Federal de Medicina instaurou procedimento disciplinar para apurar a conduta da médica e 2ª vice-presidente da entidade, Rosylane Rocha, que defendeu os terroristas que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. A iniciativa do órgão atende a pedido feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e dos deputados Jorge Solla (PT-BA), José Guimarães (PT-MG) e Zeca Dirceu (PT-PR).
“Nós esperamos que o comportamento notadamente incompatível dela seja rigorosamente apurado e que seja aplicada a punição cabível a quem, no exercício da presidência de um conselho da dimensão e da importância do CFM, comemorou e incentivou atos terroristas por meio das redes sociais”, disse o senador Humberto.
Os parlamentares ainda solicitaram o afastamento da médica enquanto durar a apuração do órgão.
A abertura da investigação foi confirmada pelo presidente do CFM, José Hiran Gallo. Em ofício assinado no dia 19, Gallo repudiou os atos golpistas na capital federal e informou que notificou a representação da entidade no DF para que “adote as medidas pertinentes em referência ao caso”.
“Todos os envolvidos nos atos terroristas contra os três poderes precisam ser punidos, inclusive os que apoiaram a barbárie nas redes sociais”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu. “A Representada não tem qualquer estatura ética, moral e cidadã para representar os médicos do País. Claramente cometeu um crime e isso não pode passar impune. E seguimos clamando para que a sociedade continue denunciando os terroristas pelos mais diversos canais disponíveis”, completou o líder.
No dia dos ataques em Brasília, a médica publicou vídeos do momento em que os invasores sobem a rampa do Congresso após furar um bloqueio policial, com a legenda “Agora vai”. Ela também compartilhou uma imagem da escultura Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal, vandalizada, com a frase “Perdeu mané”.
Ex-presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho e apoiadora do ex-presidente, a médica ainda ficou conhecida pela defesa negacionista da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19.
Com informações de agências de notícias