O sábado iniciou com o presidente da República, Jair Bolsonaro, tentando desviar o foco da pandemia do novo Coronavírus causando aglomerações em visita a cidade de Catalão, em Goías, e o depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, à Polícia Federal em Curitiba.
A visita de Bolsonaro ao estado do Goiás, além da visita a Catalão, teve parada em um shopping de Alexânia, cidade nos arredores de Brasília, onde retirou a máscara do rosto por diversas vezes ao abraçar e tirar fotos com a população que estava no local. Goiás tem conseguido controlar, até o momento, a pandemia com 808 casos registrados e 29 mortes em todo o estado.
Além disso, o Tribunal Regional Federal da 3° Região suspendeu, neste sábado, a ordem para que a Advocacia Geral da União (AGU) entregasse o resultado dos exames para Covid-19 realizados por Bolsonaro.
A briga entre os ex-colegas Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, no entanto, acaba desviando o foco da inoperância do governo que já permitiu que mais 6 mil brasileiros morressem contaminados pela Covid-19 e outros 92 mil se contaminassem.
Na avaliação do líder do PT no Senado, a população brasileira é que precisa ser priorizada nesse momento. “Nessa briga entre Moro e Bolsonaro, devemos priorizar o povo que não merece continuar sendo enganado. Os dois cometeram crimes e entrarão para a história como os algozes do Brasil”, disse o senador Rogério Carvalho (SE).
O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que Sérgio Moro, ainda quando juiz da 13° Vara Federal de Curitiba, foi capaz de condenar, sem provas, o ex-presidente Lula.
“Moro, sem qualquer prova, foi capaz de condenar um inocente à cadeia. Quero ver agora o que fará com as provas que diz que tem contra os milicianos”, destacou.
Sérgio depõe na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, neste sábado (2), sobre as acusações de que Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou sua saída do governo, há uma semana.
O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras.