Projeto de Lindbergh prioriza moradia em áreas de risco

Texto aguarda votação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

 

Projeto de Lindbergh prioriza moradia em áreas de risco

 

Os municípios poderão direcionar integralmente as ações do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias que tenham sido desabrigadas ou residam em áreas insalubres ou que ofereçam risco. Esse é o teor do Projeto de Lei do Senado (PLS 27/11), de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O texto do senador petista foi aprovado pelo Senado em 2011 e aguarda conclusão da análise na Câmara dos Deputados.

A proposta, que já foi aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara, tramita naquela Casa como Projeto de Lei (PL 3250/12) e aguarda análise na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). “A regularização de ocupações irregulares e a reconstrução de casas em áreas seguras devem ser prioridades absolutas da destinação dos recursos da política habitacional, especialmente quando se considera a necessidade de as políticas públicas serem integradas: no caso, com uma política de prevenção de desastres”, ressalta Lindbergh em seu projeto. 

Em seu parecer, o relator da matéria, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), apontou a compatibilidade da proposta ao Plano Plurianual (PPA) e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No entanto, observou a necessidade de adequação da medida em relação à Lei Orçamentária anual (LOA) em vigor, a fim de priorizar esse grupo específico como beneficiário das ações do programa. Depois de aprovada pela CFT, a matéria ainda será examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara.

A proposta modifica a lei que instituiu o Programa Minha Casa, Minha Vida (Lei 11.977/11), para dar liberdade ao município quanto à seleção dos beneficiários do programa. Conforme explicou a relatora da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a lei vigente prevê prioridade no atendimento às famílias desabrigadas ou moradoras de área de risco. Porém, o Executivo limitou essa prioridade a 50% dos beneficiários, que são escolhidos por sorteio entre os que preencherem determinados critérios.

Na avaliação da senadora, tal regulamentação limita a atuação dos municípios e os impede de atuarem de forma plena em situações graves. Para Grazziotin, o projeto de Lindbergh Farias contribui para conter a ocupação de áreas impróprias para moradias, uma vez que a seleção dos beneficiários da política habitacional deverá priorizar pessoas desabrigadas, vítimas de tragédias em áreas urbanas.

Conheça a íntegra do projeto do senador Lindbergh Farias

Com informações da Agência Senado 

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