Proposta de Aníbal por mais mulheres no Congresso ganha corpo

Senador acriano quer alterar Código Eleitoral, dando garantia efetiva para ocorra  maior participação feminina no parlamento 

Proposta de Aníbal por mais mulheres no Congresso ganha corpo

Parlamentar acriano pretende que, em 2018,
mulheres ocupem ao menos 33% das cadeiras
do senado

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) registrou, nesta terça-feira (29), durante discurso ao plenário, que está tomando corpo a sua proposta que pretende ampliar, de fato, a representação feminina no Parlamento. O parlamentar relatou conversas com a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e com representantes de organizações da sociedade civil.

A ideia de Aníbal é alterar o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) para garantir que, quando da renovação de dois terços do Senado Federal, uma das vagas seja necessariamente para candidaturas femininas. Segundo o projeto de lei do Senado (PLS) 132/2014, a vigência dessa regra resultará numa reserva de 30% das cadeiras do Senado Federal para mulheres. Isso considerando a eleição seguinte, na qual o terço restante é renovado.

O senador argumenta que a participação das mulheres no Senado não ultrapassa os 13% e nem chega a 10% na Câmara. Segundo Aníbal Diniz, esses percentuais colocam o Brasil nas últimas posições do ranking mundial de participação feminina, abaixo de países que não adotam reserva de vagas ou de candidaturas para mulheres e abaixo, inclusive, de países com histórico significativo de restrições aos direitos civis e políticos das mulheres.

“Tenho certeza de que os homens da Casa vão dar essa contribuição para fortalecer a participação feminina no Senado e, assim, a partir de 2018, termos uma participação de mulheres, aqui no Senado, de no mínimo, de 33%”, previu o senador. Aníbal também defendeu a aprovação de proposta semelhante na Câmara para a destinação de 30% das vagas para deputados às mulheres e recordou que, há quase duas décadas, a lei exige dos partidos a reserva de 30% de candidaturas femininas. “No entanto, os partidos fazem disso letra fria”, reclamou.

 

Conheça o projeto

 

Giselle Chassot

 

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