A bancada do PT no Senado, liderada pelo senador Paulo Rocha (PT-PA) acionou, nesta segunda-feira (08), o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando providências fiscalizatórias junto ao Ministério Público Federal (MPF) acerca da aplicação de recursos públicos com diárias e passagens no âmbito da Operação Lava-Jato.
Reportagem do Poder 360 divulgada na última semana apontou, de acordo com dados da Lei de Acesso à Informação (LAI), que a operação Lava-Jato gastou R$ 7,5 milhões em diárias e passagens ao longo dos sete anos que durou. No total, foram pagas 5.864 diárias ao longo desse período. Do montante, R$ 3 milhões foram pagos em diárias a cinco procuradores.
“Os cinco procuradores que ganharam essa bolada se beneficiaram de uma decisão que dificilmente se vê na iniciativa privada. Eram requisitados de outras cidades para trabalhar na Lava Jato. Muitos nunca se mudaram para Curitiba”, explica trecho do pedido apresentado pelos senadores.
Além disso, a reportagem ainda aponta que ocorreram 49 idas ao exterior, com 13 viagens a França e Estados Unidos. A Suíça foi o destino de seis viagens. Até 2020 foram 2.585 deslocamentos nacionais e internacionais. O MPF, aponta o Poder 360, não explica os motivos de alguns procuradores passarem anos deslocados, sem se mudar definitivamente para a cidade em que estavam trabalhando.