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“Que se faça a justiça”, diz Requião sobre julgamento de Gleisi

Senador do PMDB se diz apto a testemunhar a retidão, seriedade, linha de conduta de Gleisi Hoffmann, e também o seu compromisso e amor ao povo brasileiro
“Que se faça a justiça”, diz Requião sobre julgamento de Gleisi

Foto: Alessandro Dantas

Se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda têm “algum fiapo de dúvida” sobre a politização das denúncias do Ministério Público contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que façam um cotejamento das denúncias contra outros políticos que não foram adiante. “É tão óbvio. Só não vê quem foi abduzido pela imoralidade desses tempos tão trevosos”, aponta o senador Roberto Requião (MDB-PR), que em pronunciamento ao plenário, nesta quarta-feira (13), fez questão de prestar um testemunho sobre “a moralidade, a dignidade e a honestidade” da senadora e cobrou justiça para Gleisi.

A senadora e presidenta nacional do PT será julgada na próxima terça-feira (19) pelo STF, por suposto “recebimento de propina”, segundo uma delação comandada por um personagem no mínimo suspeito: um advogado ligado ao PSDB acusado de receber dinheiro para “organizar” depoimentos de envolvidos na operação Lava Jato.

Justiça para Gleisi
Requião requereu à Mesa Diretora do Senado que apresentasse cópia de seu pronunciamento a cada um dos ministros do STF que julgarão Gleisi. “Que se faça a luz. Que se faça justiça!”, defendeu o senador emedebista. Ele lembrou que conhece Gleisi desde menina, quando ela foi uma das coordenadoras estudantis de sua campanha à prefeitura de Curitiba, em 1995. “Considero-me apto a testemunhar a sua retidão, seriedade, linha de conduta e o seu compromisso com o povo, o seu amor ao povo brasileiro”.

Em aparte a Requião, os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Humberto Costa (PT-PE), líder da Oposição no Senado, Regina Sousa (PT-PI), e o Líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), também prestaram apoio a Geisi.

“Correção e firmeza”

“Que se faça a luz. Que se faça justiça!”, defendeu o senador emedebista


Lembrando que está em um campo político completamente oposto ao de Gleisi, Fernando Coelho fez questão de testemunhar sobre “as demonstrações de correção, de firmeza, de propósito, de devoção, de entrega, de paixão ao serviço público federal, sobretudo na defesa de um Brasil mais justo, mais fraterno, mais igual, mais solidário” da senadora.

Gleisi agradeceu as manifestações. “Esse foi um processo construído no subterrâneo das delações. A justiça no Brasil tem que ser feita dentro do devido processo legal. O que não pode acontecer é a perseguição política. Espero que o STF faça justiça”.

Partidarismo na Lava Jato

Requião criticou o partidarismo que se apossou na Operação Lava Jato, capturada por interesses políticos voltados para a “liquidação do PT e de toda a oposição nacionalista, democrática e popular”. O senador alertou que “não há moralidade em um sistema judiciário que faz da licença hermenêutica a lei, que acusa, processa e condena segundo a visão de mundo dos juízes, segundo simpatias ou antipatias”.

Esse partidarismo também foi denunciado por Humberto Costa, lembrando que o advogado que conduziu o processo de delação premiada do denunciante que fez citações a Gleisi “foi acusado de receber mesadas de outros doleiros e de outros acusados para, nas delações que induzia, estabelecer uma seletividade. A simples denúncia de que ele tenha vendido delações já seria o suficiente para colocar sob profunda suspeição tudo aquilo que aconteceu ao longo desse processo”.

Autoridade

Senador Humberto Costa colocou sob suspeita delação contra presidenta nacional do PT


Lindbergh Farias expressou sua convicção de que Gleisi será absolvida, face à fragilidade das acusações feitas por esse delator. “Gleisi é uma dessas pessoas que entraram na vida política jovem, líder estudantil, por compromisso com o povo mais pobre desse País, com os trabalhadores”.

O líder do PT ressaltou que o testemunho de Requião sobre Gleisi tem uma força especial, pela autoridade e respeito que ele tem no mundo político—em todas as correntes. Requião, lembrou Lindbergh, é uma referência pela experiência acumulada no Executivo, no Parlamento e também por seu conhecimento jurídico.

 

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