Ranking global mostra Brasil subindo posições entre os mais felizes do mundo

Numa lista de 158 países, o Brasil apareceu em 16ª colocação, porque “a população se considera mais feliz atualmente”. O ranking mundial da felicidade (World Happiness Report 2015, na sigla em inglês) é uma iniciativa vinculada à Organização das Nações Unidas com o objetivo de influenciar em políticas públicas.

Neste ano, o Brasil subiu oito posições. O País ocupava o 24º lugar na última edição do ranking, em 2013. Contaram a favor do resultado a expectativa de vida e o apoio social (que significa ter com quem contar em situações problemáticas). Segundo pesquisadores, os brasileiros dizem se sentir mais felizes atualmente.

A avaliação do Brasil cresceu bem acima da média mundial, passando de 6,48 para 6,98. Enquanto países europeus como França, Espanha, Portugal e Grécia tiveram quedas no índice, assim como os Estados Unidos.

O país mais feliz do mundo, segundo a pesquisa, é a Suíça, seguida por Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá. Já o país mais triste é Ruanda, que sofreu com um genocídio nos anos 1990. A Síria, assolada por uma guerra civil, também está entre os menos felizes, assim como Togo, Burundi e Benin.

Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, comandou a pesquisa em nome da Organização das Nações Unidas (ONU) e destacou que os 13 primeiros países da lista são os mesmos da amostragem anterior, apenas com mudanças na posição. Para ele, a fórmula vencedora dessas nações é a relativa riqueza combinada com um forte sistema social e governos responsáveis.

“Falando abertamente, queremos que [o relatório] tenha um impacto nas deliberações a respeito do desenvolvimento sustentável, porque acreditamos que isso realmente importa”, disse.

Co-autor do relatório, John Helliwell, também da Universidade de Columbia, disse à TV canadense CBC que, embora a riqueza tenha papel fundamental na questão da felicidade, “a importância de fatores sociais e de normas e redes que aproximam as pessoas” são temas que foram além dos níveis econômicos.

Segundo Helliwell, isso diz respeito a fatores que vão “desde o grau de confiança e colaboração no ambiente de trabalho até o tempo gasto com a família e os amigos, por exemplo.”

Países mais felizes

1º Suíça

2º Islândia

3º Dinamarca

4º Canadá

5º Noruega

6º Finlândia

7º Holanda

8º Suécia

9º Nova Zelândia

10º Austrália

11º Israel

12º Costa Rica

13º Áustria

14º México

15º Estados Unidos

16º Brasil

17º Luxemburgo

18º Irlanda

19º Bélgica

20º Emirados Árabes Unidos

Países menos felizes

141º Togo

142º Burundi

143º Síria

144º Benim

145º Ruanda

146º Afeganistão

147º Burkina Faso

148º Costa do Marfim

149º Guiné

150º Chade

151º República Centro-Africana

152º Madagascar

153º Tanzânia

154º Camboja

155º Níger

156º Gabão

157º Senegal

158º Uganda

159º Ilhas Comores

160º Rep. Democrática do Congo

Os números da pesquisa da ONU são confirmados pelo  ranking da felicidade, tradicionalmente avaliado pelo instituto de pesquisa Gallup. Além de avaliar o quanto as pessoas de uma nação se consideram felizes, o ranking do Gallup estima a felicidade a partir de variáveis como PIB per capita, expectativa de vida, níveis de corrupção e liberdades individuais. “Cada vez mais a felicidade é considerada uma medida adequada de progresso social e um objetivo da política pública”, diz o relatório.

O Índice de Felicidade (IF) é calculado como uma síntese de seis indicadores – dois objetivos e quatro subjetivos

Os objetivos são a renda per capita ajustada ao poder de paridade de compra e a esperança de vida ao nascer.

Já os subjetivos, apurados pela pesquisa regular que o instituto de pesquisas Gallup realiza em mais de 150 países, incluem: 1) a rede de apoio pessoal, que quer saber se o entrevistado tem alguém para recorrer, para enfrentar situações de dificuldade: 2) confiança na honestidade dos governantes; 3) liberdade para tomar decisões de vida; e 4) generosidade.

Dinamarca, Noruega, Islândia e Suíça lideram o ranking com IF de 7,50.

De 2005-07 para 2012-14, o IF do Brasil aumentou bem acima da média mundial, passando de 6,48 para 6,98.

Países europeus como França, Espanha, Portugal e Grécia tiveram quedas no índice, assim como os  Estados Unidos, 15º no ranking em 2012-14 (com IF= 7,12).

Com informações do Ranking of Happiness 2015 e de agências

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