Regina: “Se fala da qualidade da educação atualmente, como se ela fosse muito melhor antes. E sabemos que não foi”A senadora Regina Sousa (PT-PI) comemorou, nesta quinta-feira (15), o Dia do Professor, lembrando os avanços ocorridos na área, a partir de 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu o governo federal. Regina, que é professora com 15 anos de experiência em sala de aula, lembrou da sua infância difícil, quando ainda era aluna, e enfatizou que, apesar de ainda serem necessários mais avanços na educação brasileira, há muito o que comemorar.
“No meu tempo de estudante não tinha merenda, transporte e nem livro didático. Biblioteca era coisa rara. Passava minhas férias quebrando coco de babaçu para poder comprar os livros do ano seguinte”, lembrou.
A senadora ainda lembrou que a universalização do transporte escolar, do livro didático e da merenda escolar em todo o País é obra dos governos do PT, nos últimos 12 anos. “Ainda tem quem não reconheça isso. Se fala da qualidade da educação atualmente, como se ela fosse muito melhor antes. E sabemos que não foi”, destacou.
Para Regina, não podemos jogar tudo na lata do lixo. “Temos que comemorar e ter a clareza e a consciência de continuar na luta, principalmente, pela valorização dos professores”, disse.
Regina salientou que é fundamental o cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, além de não alterar a legislação atual dos royalties do petróleo. “Esse é um bom caminho”.
Ajuste fiscal
A senadora ainda disse, em seu pronunciamento, que “muito barulho” tem sido feito em torno do ajuste fiscal para fechar o orçamento deficitário apresentado pelo governo federal.
Regina criticou aqueles que chamam de gastos as despesas realizadas com programas como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec e Prouni. “Alguns chamam de gastos, nós chamamos isso de investimento”.
A senadora lamentou que o foco no corte de gastos federais fique apenas no Poder Executivo e conclamou ao Legislativo e ao Judiciário para que façam suas partes e ajudem a reduzir as despesas da máquina pública. Além disso, Regina apontou a sonegação de impostos como uma das grandes causas da atual situação fiscal brasileira.
“Há fontes para buscar mais recursos, como a caça a sonegadores. Mas, como cobrar se há uma campanha contra impostos. É certo que a carga tributária é alta. Mas, se não existisse sonegação, ela seria menor”, disse. “O sonegador não é o cidadão comum. É o que recebe o imposto do cidadão e não repassa ao Tesouro. E ele nem se acha corrupto”, emendou.
Durante uma sessão da CPI do Carf, lembrou, o senador Ataídes Oliveira, presidente do colegiado, disse que a Lava Jato é “fichinha” perto da operação Zelotes. A operação é responsável por investigar esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão da Receita Federal responsável por julgar os recursos administrativos de autuações contra empresas e pessoas físicas, por sonegação fiscal e previdenciária.
“Pergunto: Quem está preso? Houve delação premiada? Claro que não. Falta encontrar um petista lá”, ironizou.
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