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Regularização fundiária: Beto Faro cobra urgência e realismo diante da dimensão continental do Pará

Comissão debateu o tema por iniciativa do senador Beto Faro

Agência Senado

Regularização fundiária: Beto Faro cobra urgência e realismo diante da dimensão continental do Pará

O Senado discute nesta terça-feira (9/12) um dos temas mais sensíveis e estratégicos para o futuro da Amazônia Legal: a regularização fundiária de terras da União. A pauta, tratada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, traz de volta um problema histórico do país: a incapacidade do Estado brasileiro de organizar o próprio território.

Em meio ao debate, o senador Beto Faro (PT-PA) destacou a gravidade e a urgência do tema, lembrando que o Pará, com seus 1.247.690 km², é maior do que a maioria dos países da Europa. “Estamos falando de um território continental. Regularizar essas terras não é apenas uma questão burocrática é uma decisão que define os destinos da população, da atividade econômica e do bem-estar social”, afirmou.

Faro lembrou sua experiência à frente da Fetagri. Segundo ele, é “indignante” ver agricultores recebendo o título da terra apenas aos 60 ou 75 anos, depois de terem passado a vida inteira produzindo sem garantia jurídica.

“Precisamos sanar isso garantindo que o trabalhador rural entregue sua juventude ao campo com segurança, e não apenas a velhice”, defendeu.

O senador lamentou que o ano legislativo esteja chegando ao fim sem que a matéria esteja aprimorada o suficiente, destacando que a regularização fundiária exige precisão, cuidado e debate técnico. “É um tema sensível e precisa ser aprimorado. Tenho total disposição para dialogar”, disse.

Faro alertou também para o ambiente político das próximas semanas: com a votação do Orçamento de 2026 se aproximando, o clima no Congresso tende a se tornar ainda mais intenso, reduzindo a margem para votações complexas.

No centro da discussão está a dificuldade de transformar território em política pública, segurança jurídica em desenvolvimento e discursos em ação concreta. Para Faro, o desafio permanece claro e inadiável. “Regularizar é organizar o país. E isso não pode mais espera

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