Daniel Gomes

Senador aponta que providências contra fraudes foram tomadas no atual governo
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do governo no Senado, destacou nesta quinta-feira (4), durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS, a importância das medidas adotadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) para conter os descontos indevidos que prejudicaram milhares de aposentados e pensionistas. Ele ressaltou que somente no atual governo as investigações ganharam força.
“Só em 2023 providências efetivas foram adotadas no sentido de dar fim a esse crescimento absurdo, a esse processo de concessão ou de descontos sem autorização. Foi neste governo, com este presidente, que a investigação ganhou força e resultou no fim dos descontos indevidos dos aposentados”, pontuou.
O senador fez questão de frisar que a atuação da CGU se deu de forma independente.
“Não é Ministério Público, não é nenhum órgão desvinculado da indicação do chefe do Executivo. Quem indicou o ministro da CGU foi o presidente atual, e foi neste governo que a investigação avançou e que a Polícia Federal foi chamada a agir”, reforçou.
Fraudes no INSS e responsabilização
Segundo Carvalho, a CPMI já encaminhou ao ministro André Mendonça pedido de prisão preventiva de investigados que foram identificados com algum grau de responsabilidade no esquema.
“Os acusados devem responder pelas suas responsabilidades no devido processo legal. Não interessa aos aposentados nem aos brasileiros que fiquemos aqui procurando a responsabilidade deste ou daquele chefe do Executivo. O que importa é dar fim a um esquema tão nocivo”, destacou.
O senador também revelou que houve vazamento de dados do INSS, o que permitiu a realização de autorizações fraudulentas em massa.
“Sabemos que, para fazer um esquema desse porte, é preciso ter acesso a banco de dados. E isso aconteceu. Dados do INSS foram expostos e usados para fraudar 50, 60, até 70 mil autorizações em bloco. É uma fraude dentro da fraude”, disse, acrescentando que apresentará um requerimento para que a comissão investigue o vazamento.
Consignados sob investigação
Outro ponto levantado pelo líder do governo foi o problema dos empréstimos consignados. Para ele, a decisão da CPMI de ampliar o foco sobre esse tema foi fundamental.
“Não é para acusar o governo anterior, ou o atual. É para proteger os aposentados brasileiros, que são vítimas de práticas abusivas”, ressaltou.
“Quando um banco mete a mão no dinheiro do aposentado, aproveitando sua desinformação, dificuldade com tecnologia ou incapacidade de interpretar contratos, isso é crime hediondo. É má-fé absoluta contra quem passou a vida inteira trabalhando”, denunciou.
Compromisso com o interesse público
Rogério Carvalho ainda ressaltou que a defesa dos aposentados deve estar acima de disputas partidárias.
“Esse compromisso é maior do que as nossas filiações. Nosso papel aqui é defender o interesse público. Se ficarmos apenas em um jogo de ‘Fla-Flu’, o Brasil e os brasileiros não ganham nada. Aqui, o único time que importa é o Brasil. Quero cumprimentar todos os envolvidos, porque sei que é um momento de muita tensão. Mas é preciso reconhecer publicamente que o esforço da CGU foi decisivo para que chegássemos até aqui”, afirmou o senador.