São Bernardo do Campo aumenta participação no PIB brasileiro

Os vinte e três municípios que aumentaram sua participação na riqueza nacional estão nas regiões Norte e Nordeste.

Com uma administração petista, comandada por Luiz Marinho, o município de São Bernardo do Campo foi um dos 23 municípios que aumentou sua participação no Produto Interno Bruto (PIB). O resultado se refere ao ano de 2010, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) investigou o comportamento econômico de cada cidade brasileira. A indústria automotiva e os ramos ligados a essa cadeia produtiva, incluindo a indústria de artigos de perfumaria e cosméticos contribuíram para o ganho de participação no PIB. São Bernardo encaixa-se entre os 23 municípios que detém ao menos 0,5% do PIB, mesmo percentual município de Vitória, capital do Espírito Santo. A cidade viu crescer sua presença no PIB por causa dos bons resultados da atividade de extração mineral.

Segundo o IBGE, nos últimos dez anos, as capitais brasileiras vêm perdendo participação no total da economia do país, ao mesmo tempo em que municípios menores apresentam ganhos de renda. O levantamento é referente a 2010, quando o PIB cresceu 7,5% em relação ao ano anterior, tendo alcançado um valor de R$ 3,770 trilhões. Foram analisados todos os 5.565 municípios do país. No sentido oposto, estão os pequenos municípios, que nos últimos dez anos aumentaram o volume de riqueza, em comparação ao PIB nacional. Eles se concentram nas regiões Norte e Nordeste, principalmente no Piauí, Tocantins, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.

A pesquisa do IBGE  mostra um cenário quando a economia brasileira sofreu forte influência externa e quando a indústria automobilística manteve um desempenho estável, cuja recuperação se deu a partir de junho deste ano quando o governo Dilma adotou políticas destinadas a reativar a produção, seja no campo tributário, com a redução de impostos e da contribuição previdenciária, seja no campo financeiro, com os bancos oferecendo novas linhas de crédito barato para o financiamento de veículos.

Se essas duas cidades tiveram destaque, a cidade de São Paulo perdeu participação no PIB devido ao desempenho abaixo das expectativas da indústria de transformação e do comércio e serviços de manutenção e reparação. O Rio de Janeiro também perdeu, dada a influência do segmento de fabricação de máquinas e equipamentos usados na extração mineral e na construção.

De acordo com o IBGE, em 2010 a renda gerada por seis municípios detentores de 13,7% da população concentravam 25% de toda a geração de renda do País. Se a renda de 54 municípios for acrescentada, esse conjunto de municípios responde por metade do PIB e 30,7% da população, enquanto que os 1.325 municípios pertencentes à última faixa de participação relativa tinham aproximadamente 1% do PIB e 3,3% da população. Nessa faixa, 75% dos municípios são do Piauí; 61,4% da Paraíba, 50,9% dos municípios do Rio Grande do Norte e 48,9% do Tocantins.

A pesquisa apontou, ainda, que o município de Cristalina, em Goiás, foi o que mais gerou renda em 2010, graças ao bom desempenho da agropecuária, cujo valor adicionado bruto (VAB) atingiu R$ 624,1 milhões. Houve ganho de participação em relação a 2009 e passou do 11º da lista para o primeiro, principalmente por causa da valorização dos preços dos principais produtos cultivados no município: café, trigo, feijão e alho.

Marcello Antunes, com informações do IBGE

Leia íntegra do estudo do IBGE
 

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