O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez a leitura do requerimento de abertura da CPI do MEC em plenário na última quarta-feira (7). Esse é mais um passo dado para a efetivação da comissão de inquérito. Apesar de ser noticiado que as investigações só começarão após o período eleitoral, os senadores da bancada do PT cobram o início imediato do funcionamento do colegiado.
Para isso, é necessário que os líderes partidários indiquem quais senadores participarão dos trabalhos da CPI. O colegiado deve ter 11 integrantes titulares e igual número de suplentes. O prazo inicial previsto para os trabalhos é de 120 dias. De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), a mobilização é fundamental para que a CPI não seja empurrada para outubro.
“Agora é hora de mobilização. O presidente do Senado leu há pouco o requerimento de criação da CPI do MEC. Precisamos unir forças e cobrar o início da investigação sobre a corrupção desenfreada no Ministério da Educação. O povo brasileiro exige respostas”, disse.
O movimento pela instalação de uma CPI do MEC ganhou força após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela Polícia Federal. A CPI, cujo pedido foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) em junho, busca investigar irregularidades nos repasses para prefeituras. O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi detido no dia 22 de junho e liberado no dia seguinte por decisão da Justiça. Ribeiro deixou a pasta em março, após admitir que o Poder Executivo priorizava o repasse de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prefeituras indicadas pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura.
Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), o trabalho do colegiado será fundamental para mostrar para a sociedade os desmandos do governo Bolsonaro na gestão da educação brasileira.
“Assim como aconteceu na CPI da Covid, vamos desvendar o submundo das propinas e garantir as verbas da Educação”, disse.