O senador Aníbal Diniz (PT-AC) visitou na tarde do último domingo (14) o acampamento onde estão abrigados cerca de 1.400 haitianos, na cidade de Brasiléia (AC). Os refugiados buscam no Brasil alívio para a grave crise humanitária enfrentada pelo Haiti desde o terremoto que afetou o país, em 2010. Aníbal visitou também o local onde uma força-tarefa dos governos federal e estadual trabalha para regularizar a situação dos imigrantes.
“Agora poderemos dar melhores condições |
O abrigo para os haitianos foi improvisado em um prédio onde antes funcionava um clube. Ali estão instalados os imigrantes que chegaram a Brasileia e aguardam a emissão de um visto pela Polícia Federal para o ingresso no Brasil. No local, foram instalados banheiros provisórios e tendas para a ampliação das acomodações.
“O governo do estado já não tinha mais como dar a ajuda necessária a essas pessoas. O apoio mais efetivo do Governo Federal — além da força-tarefa, chegaram recursos para o custeio da alimentação e outras necessidades — poderemos dar melhores condições de estadia durante o período em que estarão por aqui”, explicou Aníbal.
O senador também reuniu-se com o secretário nacional de Segurança Pública, Paulo Abrão, que está em Brasileia desde o último sábado (13) e chefia a equipe interministerial do Governo Federal que está atuando no apoio ao governo do Acre e foi ver de perto como estão trabalhando na regularização da situação dos refugiados. A equipe é composta de 25 pessoas, entre elas, policiais federais que estão trabalhando na emissão dos vistos de entrada para os haitianos.
Com a presença da força-tarefa, a emissão de vistos que até então era de cerca de dez por dia, passou para mais de 600. De acordo com Paulo Abrão, até a tarde de domingo, cerca de 1.300 haitianos já estavam com a documentação que lhes autoriza a entrada no Brasil. O trabalho está sendo desenvolvido na escola Kairala José Kairala, no centro de Brasileia. Ali está sendo emitida a documentação básica que os haitianos possam viver no Brasil e obter emprego, como o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a Carteira de Trabalho Profissional (CTPF). Ali eles também tiram fotos e recebem o apoio social.
“Estamos centrando energia para que possamos finalizar esse trabalho de regularização nos próximos dois dias”, afirmou Paulo Abrão.
O secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, avalia que com a regularização de todos os refugiados, o desafio passa a se concentrar no oferecimento de condições mínimas de abrigo e alimentação aos haitianos, já que muitos deles acabam ficando no Acre à espera de uma oportunidade de emprego. “Há um conjunto de custos que precisam ser devidamente avaliados, bem como o prosseguimento do trabalho que vem sendo feito, pois outras levas de imigrantes deverão chegar ao Acre da mesma forma que essas chegaram”, afirmou Mourão.
Os senadores acrianos Aníbal Diniz e Jorge Viana (PT) trabalharam para que a ajuda federal chegasse ao Acre. Eles continuarão trabalhando para viabilizar os recursos necessários ao enfrentamento dessa crise humanitária no estado. Aníbal alerta que o governo brasileiro precisa reprimir a ação dos chamados “coiotes”— bandos que atuam no transporte ilegal de imigrantes.
Com informações da assessoria do senador Aníbal Diniz