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Senador reage à injustiça contra advogada de médicos da Prevent

Bruna Morato foi condenada a pagar R$ 300 mil à operadora como indenização por danos morais. Humberto Costa presta solidariedade à advogada e lembra farto material comprobatório apresentado aos senadores da CPI da Covid
Senador reage à injustiça contra advogada de médicos da Prevent

Foto: Alessandro Dantas

O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou duramente, em plenário, a condenação da advogada Bruna Morato por parte da Justiça de São Paulo. A advogada dos médicos da Prevent Sênior, foi responsável por levar até aos membros da CPI da Covid, as provas de irregularidades praticadas pela empresa no tratamento de pacientes durante a pandemia e o assédio cometido contra os médicos contratados pela operadora.

“Ela esteve aqui na CPI, deu um depoimento corajoso, extremamente importante, comovente, que deixou claro o conjunto de crimes que estariam sendo realizados pela empresa Prevent Senior, disse o senador.

A empresa entrou com uma ação por danos morais contra a advogada e o juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5º Vara Cível de São Paulo, afirmou que Bruna Morato não apresentou provas para sustentar suas acusações. Por isso, ela foi condenada a pagar R$ 300 mil à operadora como indenização por danos morais. Ela pode recorrer contra a decisão.

“Esse juiz tomou a decisão de obrigá-la a pagar essa indenização. Logicamente, cabe recurso. E ela fará o recurso, fará com o nosso apoio. É uma pessoa que merece o nosso respeito, a nossa admiração pela sua coragem”, destacou Humberto.

O senador lembrou o farto material comprobatório apresentado pela advogada durante o funcionamento da investigação parlamentar e disse esperar que o juiz também se debruce sobre as provas coletadas pelos senadores.

“Eu espero que esse juiz se debruce sobre várias denúncias que foram feitas contra a Prevent Senior. Ele alegou que não havia provas, mas as provas eram sobejamente conhecidas, inclusive foram divulgadas na CPI”, apontou. “Integrantes da direção da Prevent Senior [estavam] promovendo assédio moral contra médicos para obrigá-los a prescrever aqueles medicamentos – provado por WhatsApp, provado por postagens de internet”, completou o senador.

Além de ser ouvida no Senado, a advogada dos médicos da Prevent Sênior também prestou depoimento à CPI formada pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo.

Bruna Morato afirma que a Prevent Sênior tenta “inverter a posição das partes na história”, e que a operadora atuou como “cúmplice do governo federal para difundir o uso da cloroquina”.

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