A bancada do PT no Senado entrou com representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) questionando o novo protocolo de tratamento de Covid-19, divulgado ontem (20), pelo Ministério da Saúde.
Os parlamentares Rogério Carvalho (SE), líder do PT, Humberto Costa (PE), Jaques Wagner (BA), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS) e Paulo Rocha (PA) apontam a inexistência de evidências científicas para o uso da cloroquina como tratamento da Covid-19, nas condições sugeridas pelo protocolo oficial. Com a medida, o PT busca proteger a vida dos brasileiros, impedindo que a população sirva de experimento de terapias não comprovadas. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) também assina a representação.
A representação acusa o protocolo de desrespeitar os ritos e os requisitos próprios para aprovação de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas previstos na Lei da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). “O tratamento que, porventura, será ministrado aos brasileiros deve seguir protocolos mundialmente estabelecidos, ou, em última e extrema necessidade, deve ser balizada pelo conhecimento de um profissional devidamente capacitado”, argumentam os parlamentares.
Líder da bancada do PT no Senado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), advertiu que a liberação da cloroquina é um ato político desprovido de amparo científico. Bolsonaro brinca com a vida dos brasileiros. Volta com a falsa esperança da cloroquina e ainda tenta se livrar através de uma medida provisória da responsabilidade das quase 18 mil mortes até agora”.
Para senador o senador Humberto Costa (PT-PE), “a decisão de Bolsonaro expõe a ausência de um plano do atual governo para o enfrentamento da pandemia e, com isso, o Presidente da República corre atrás de uma “droga milagrosa” que acaba expondo as pessoas a “sério risco”.
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