Os senadores do PT criticaram nesta terça-feira (09), o anúncio de novo reajuste nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. Segundo a estatal, o litro da gasolina vendido nas refinarias aumentará R$ 0,17, o que levará o valor médio para R$ 2,25 por litro.
Esse reajuste equivale a um aumento médio de 8,2%. No caso do diesel, o aumento será de R$ 0,13, para R$ 2,24 por litro. Nesse caso, o valor equivale à alta de 6,2%. O gás de cozinha também será reajustado, com aumento de R$ 0,14 por quilo, para R$ 2,77 – reajuste de 5,1%.
“Mal começou o ano e já temos o terceiro reajuste da gasolina e segundo do diesel em 2021. Essa é a política econômica do governo federal: garante os lucros dos acionistas privados e sacrifica ainda mais a vida e o trabalho do povo, como dos caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativos”, criticou o senador Jaques Wagner (PT-BA).
A Petrobras informou que os valores praticados têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor dos produtos no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) criticou, além do desmonte da Petrobras iniciado após o golpe de 2016, a cobertura realizada pela imprensa acerca do tema. De acordo com ele, reportagem do Jornal Nacional apresentou abordagem meramente financista sobre o efeito nas ações da Petrobras, entrevistando apenas analistas financeiros que veem a Petrobras apenas como empresa privada e não como a empresa mista nacional do Brasil.
“O povo e os empreendedores estão preocupados é com o país que por 50 anos correu atrás de ser autossuficiente para agora vender suas refinarias na bacia das almas e impor preço internacional em dólar à sua economia”, disse. “O povo passou o dia preocupado com o preço que está pagando pela gasolina, diesel e botijão e o Jornal Nacional tenta nos convencer que ser autossuficiente com preços dolarizados e voláteis é algo positivo. Só se for para os importadores”, completou.
A atual política de preços é a ausência de previsibilidade com relação ao preço do combustível nas próximas semanas. Essa situação decorre, principalmente, do desmonte promovido na estrutura da Petrobras. Isso torna o país mais vulnerável as oscilações de preços do barril no mercado internacional.
“Bolsonaro ignora o povo brasileiro e atende aos interesses de ricos acionistas que controlam empresas estatais como a Petrobras. A política de preço dos combustíveis de agora demonstra a utilização privada da maior empresa pública do Brasil. A política de preço dos combustíveis de agora demonstra a utilização privada da maior empresa pública do Brasil”, criticou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).