Os senadores da bancada do PT no Senado se mobilizaram durante a semana para convocar os brasileiros e brasileiras a participarem dos atos que serão realizados em todo o País, nesta sexta-feira (10), contra o texto da nova lei trabalhista e em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O Dia Nacional de Mobilização, convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, tem atos confirmados para 24 estados e o Distrito Federal.
Para o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), a entrada em vigor da nova lei trabalhista, marcada para o próximo sábado (11), “vai dar o que falar”, já que muitos magistrados do Trabalho têm apontado diversos trechos inconstitucionais na legislação aprovada pelo Congresso Nacional.
[blockquote align=”none” author=”Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)”]“Estamos chamando todos os brasileiros a irem para as ruas nesta próxima sexta-feira. É um protesto contra essa reforma trabalhista, que vai dar muito o que falar, porque há muito Juiz do Trabalho dizendo que vários desses pontos são inconstitucionais e que não vão ser aplicados, mas é também para evitar a votação dessa reforma da previdência criminosa, criminosa”[/blockquote]
Já o senador Paulo Paim (PT-RS) falou da importância de a população ir às ruas contra a entrada em vigor de uma legislação “que só retira direitos dos trabalhadores”.
[blockquote align=”none” author=””]“Eu não podia deixar de falar que, no dia 10, o Brasil vai ter mais um dia de protesto, porque é a data que antecede a entrada em vigor da dita antirreforma trabalhista, porque só tira direito dos trabalhadores. Eu lamento muito que essa reforma tenha sido aprovada. O movimento é mais do que justo. Parabéns a todas as centrais, confederações, federações e sociedade civil organizada, que estão fazendo este dia de debate, de paralisação e de mobilização contra a reforma”, disse.[/blockquote]
A senadora Regina Sousa (PT-PI), presidenta da Comissão de Direitos Humanos (CDH), afirmou que nesse momento “é preciso juntar forças, se encontrar, dar as mãos e passar energia um para o outro, porque [a situação] está muito difícil. O orçamento é só dos ricos; não cabe o pobre no orçamento. A gente precisa se indignar e somar essas indignações”, destacou.
Patrocinada pelo governo golpista de Michel Temer, a reforma tem como principal objetivo reduzir os direitos trabalhistas e, consequentemente, diminuir, também, os custos para os empresários. O próprio presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho, reconheceu isso em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada na segunda-feira (6). Martins defende ser preciso flexibilizar para aumentar os empregos.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, a única saída restante para os trabalhadores é a resistência frente aos ataques patrocinados pelo governo Temer contra o povo.
“Só tem uma saída: resistir, lutar pela anulação da reforma, ocupar as ruas, denunciar as barbaridades contidas na lei, se organizar nos locais de trabalho, procurador o seu sindicato e agir coletivamente. Sozinhos somos fracos, juntos somos fortes”, disse.
A CUT também está fazendo uma Campanha Nacional pela Anulação da Reforma Trabalhista. No momento em que a Central obtiver 1,3 milhão de assinaturas, será apresentado ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para anular a reforma que entra em vigor amanhã.
Além disso, pesquisa CUT/Vox Populi realizada entre os dias 27 e 31 de outubro mostra que 81% dos trabalhadores brasileiros desaprovam a nova lei trabalhista.
Confira outras manifestações dos senadores do PT
Gleisi Hoffmann (PT-PR), senadora e presidenta nacional do PT
Senadora Fátima Bezerra (PT-RN)
Senador Humberto Costa (PT-PE)
Senador Paulo Rocha (PT-PA)