Menos de cinco meses após o primeiro óbito pelo novo Coronavírus no Brasil, o Brasil chegou à triste marca de 100 mil mortes pela Covid-19 na tarde deste sábado (8), indica boletim extraordinário do consórcio de veículos de imprensa. O total de vítimas fatais é de 100.240.
No mesmo momento, o país também está próximo de chegar a marca de 3 milhões de casos registrados da doença. Com esses números, a Covid-19 ultrapassou doenças cardíacas e armas de fogo em seus níveis de letalidade.
“Negligência, irresponsabilidade, desumanidade, não importa o que digam são 100 mil mortes, são 100 mil família destruídas, são 100 mil vidas perdidas”, criticou o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.
“O Brasil soma 100 mil vidas perdidas para a Covid-19, informa o consórcio de veículos da imprensa. São 100 mil brasileiros e brasileiras, 100 mil sonhos interrompidos, 100 mil famílias destroçadas. Até quando precisaremos conviver com o luto e o descaso do presidente Bolsonaro?”, questionou o senador Humberto Costa (PT-PE).
“Se o Brasil tivesse ouvido Bolsonaro, hoje seriam um milhão de mortes. Mesmo com governadores adotando medidas protetivas, uma parte resolveu escutar o presidente e não dar valor à vida. Resultado: hoje temos cem mil ‘e daí’ como a maior vergonha da história do país”, disse o senador Paulo Rocha (PT-PA).
“O Brasil atingiu a triste marca de 100 mil vidas perdidas para o Coronavírus. Grande parte dessas mortes poderiam ter sido evitadas, não fosse o descaso do governo federal e seu desprezo pela ciência. Minha solidariedade às famílias brasileiras enlutadas neste momento”, solidarizou o senador Jaques Wagner (PT-BA).
O primeiro óbito do país foi registrado em 12 de março, na cidade de São Paulo, também a primeira a notificar um caso de Covid-19 no Brasil, em 26 de fevereiro.
Foram quase dois meses até que número de mortes chegasse a 10 mil, em 9 de maio; com o avanço exponencial da doença, a estatística dobrou em 12 dias, quando foi ultrapassada a marca de 20 mil vítimas fatais. Dez dias depois, em 2 de junho, o Brasil já somava 30 mil óbitos. No dia 11 daquele mês, já eram 40 mil vidas perdidas. Em mais um intervalo de nove dias, as perdas somavam 50 mil.
Em menos de dois meses, o volume já assombroso de mortes notificadas oficialmente dobrou em velocidade ainda mais avassaladora. Pouco a pouco, brasileiros acompanharam pelas manchetes as marcas de 60 mil (1º de julho), 70 mil (10 de julho), 80 mil (19 de julho), 90 mil (29 de julho) e, agora, 100 mil vítimas.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) aponta a ausência de coordenação como um dos motivos pelo índice de mortes em decorrência de Covid-19 no Brasil. “Falta de coordenação nacional ampliou mortalidade da epidemia da Covid-19, dizem especialistas. Quedas de ministros e resistência a recomendações científicas atrapalharam resposta de prefeitos e governadores à doença e prejudicaram adesão à quarentena”, disse o senador.
“Governar é a arte de olhar para todos, de fazer o bem; de acreditar nas pessoas, no amor e na solidariedade; é compreender a verdade em toda a sua essência; é buscar justiça; é não aderir aos descaminhos do descaso e da omissão”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH).
Com informações de agências de notícias