500 mil mortes

Senadores do PT se manifestam sobre 500 mil mortos

"500 mil vidas perdidas. Sejamos claros. O governo Bolsonaro cometeu assassinato em massa e crimes contra a humanidade. Vivemos um genocídio e uma política de extermínio comandada pelo Chefe do Estado, que em algum momento terá de ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional", afirma líder do PT no Senado, Paulo Rocha
Senadores do PT se manifestam sobre 500 mil mortos

Foto: divulgação

Os senadores do PT se manifestaram em suas redes sociais ao longo da tarde deste sábado (19), quando o Brasil alcançou a trágica e evitável marca de 500 mil mortos pela Covid-19.

O número foi divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, a partir das informações das secretarias de saúde dos estados. Foram 500.022 mortes desde o início da pandemia e 17,8 milhões de casos confirmados.

Para o Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), em algum momento o presidente será julgado por ser atos, e por crime contra a humanidade: “500 mil vidas perdidas. Sejamos claros. O governo Bolsonaro cometeu assassinato em massa e crimes contra a humanidade. Vivemos um genocídio e uma política de extermínio comandada pelo Chefe do Estado, que em algum momento terá de ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional”.

Também o Líder da Minoria no Senado, senador Jean Paul Prates (PT-RN), alertou que este crime não pode ficar impune. Para ele, “são 500 mil vidas perdidas por uma tragédia anunciada. Meio milhão de vítimas de um vírus que falhamos em combater enquanto nação séria e compromissada com a vida de todo um povo. Bolsonaro e sua turma cometeram um crime contra a humanidade e nós não podemos deixar isso impune”.

“Tragédia” foi a expressão mais usada pelos senadores petistas. Rogério Carvalho (PT-SE), médico e integrante da CPI da Covid, tem defendido que Bolsonaro apostou na tese da imunidade natural, que seria adquirida por meio do contato e contaminação pelo Coronavírus, mas que matou centenas de milhares. “Uma tragédia que poderia ter sido evitada! O Brasil  alcançou a triste marca de 500 mil mortos. Já sabemos que Bolsonaro apostou na tese da imunidade de rebanho, com contaminação em massa. Se isso não é um genocídio, o que mais seria?”, questiona Carvalho.

“Todos os dias mais de 2 mil brasileiros morrem de uma doença que já tem vacina. São mães, pais, irmãos, amores. É uma tragédia anunciada, provocada por um governo que rejeitou pelo menos 101 ofertas de imunizante”, publicou em suas redes sociais o ex-ministro da Saúde, atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e senador Humberto Costa (PT-PE).

O senador Jaques Wagner (PT-BA) se solidarizou com a dor das famílias que perderam seus entes queridos: “500 mil brasileiras e brasileiros tiveram suas vidas abreviadas pela COVID-19. 500 mil famílias enlutadas, com as quais me solidarizo por tanta dor. Mais do que um número simbólico, são vidas que poderiam ter sido preservadas, se não fosse a conduta negligente do governo federal”. E desejou “que tenhamos vacinas para todos logo, para interromper essa tragédia que vive o nosso país e possamos voltar a viver com alegria e esperança”.

O senador gaúcho Paulo Paim lembrou da situação calamitosa que atinge o país, e que se tornou motivos para centenas de manifestações em todo Brasil. “As manifestações de hoje levaram milhares às ruas; uma resposta  à situação do  Brasil , ao descaso do atual governo: meio milhão de mortos pelo coronavírus, 20 milhões de desempregados, inflação explodindo, arrocho salarial. Queremos vacina para todos e auxílio emergencial de R$ 600”, descreve Paim.

Senadores da CPI lamentam as 500 mil mortes

“Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem”, diz a nota de pesar assinada por dez integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, entre titulares e suplentes.

Os senadores Humberto Costa e Rogério Carvalho assinam o comunicado. Além deles, Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Leia a íntegra da nota:

Nota Pública da Maioria dos Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da PANDEMIA.

Nessa data dolorosamente trágica, quando o Brasil contabiliza 500 mil mortes, desejamos transmitir nossos mais profundos sentimentos ao País. Temos consciência que nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos. Meio milhão de vidas que poderiam ter sido poupadas, com bom-senso, escolhas acertadas e respeito à ciência.

Asseguramos  que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles se eternizam e, antes  da justiça Divina, eles se encontrarão com a justiça dos homens.

Omar Aziz
Presidente CPI
Randolfe Rodrigues 
Vice Presidente 
Renan Calheiros 
Relator
Tasso Jereissati
Otto Alencar
Eduardo Braga
Humberto Costa
Alessandro Vieira
Rogério Carvalho
Eliziane Gama

 

 

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