Paraná

Senadores lamentam ataque em escola e defendem cultura de paz

“Armar a população não gera segurança. É risco para todos, inclusive para crianças dentro de escolas”, afirma senador Fabiano Contarato (PT-ES)

escola Helena Kolody

Senadores lamentam ataque em escola e defendem cultura de paz

Senadores do PT pedem construção de cultura de paz após ataque em escola do Paraná. Foto: reprodução

Após um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR), nesta segunda-feira (19/6), no qual uma jovem morreu e outro foi baleado, senadores do PT, além de lamentarem o episódio, cobraram a construção de uma cultura de paz no país.

“Precisamos debater a violência nas escolas para acabar com essa barbárie. Armar a população não gera segurança. É risco para todos, inclusive para crianças dentro de escolas. Basta! Meus sentimentos às famílias das vítimas”, disse o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES).

O atirador é um ex-aluno do colégio, de 21 anos, segundo a Polícia Militar. Ele teria ido à direção da escola para solicitar documentos, quando fez os disparos. Karoline Verri Alves, 16 anos, foi baleada e morreu no local. Um outro aluno, Luan Augusto, 16 anos, foi baleado na cabeça, socorrido e levado para o Hospital Universitário de Londrina (HU).

Segundo os órgãos de segurança pública do Estado, além da arma usada, munições e uma machadinha, ainda foi apreendido com o assassino um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o que ocorreu em Suzano (SP), em 2019.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) classifica como “absurdo” o ataque à escola, enquanto a senadora Augusta Brito (PT-CE) disse “não ser possível mais tolerar esse tipo de violência”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) destaca que “o discurso de ódio fez novas vítimas”. “Esse crime é mais um episódio triste e lamentável que nos alerta sobre a importância de combater a intolerância e restringir o acesso a armas de fogo. Toda a minha solidariedade aos estudantes, professores e demais moradores do município”, complementa.

Já Jaques Wagner (PT-BA) fez coro à fala do presidente Lula sobre o caso, destacando que é urgente construir uma cultura de paz nas escolas e na sociedade. “Não podemos permitir que episódios como estes se tornem cada vez mais frequentes em nosso país. Que toda a comunidade escolar possa se recuperar dessa tragédia”, coloca.

Em abril deste ano, o governo federal anunciou a liberação de R$ 3,1 bilhões para estados e municípios promoverem um ambiente escolar mais seguro. Entre as medidas, estão a elaboração de recomendações para proteção e segurança no ambiente escolar, além de um programa de formação que envolve desde representantes de secretarias a gestores, professores e a comunidade escolar.

Fim da apologia à violência

Logo após o ataque, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prestou solidariedade às famílias e afirmou ser inaceitável essa “modalidade de violência” que se implantou no Brasil. Ele ainda criticou a apologia a essa barbárie.

“Nós vemos sociedades em que a violência é alvo de apologia. As estatísticas de ataques a escolas nos EUA mostram que esse não é um exemplo ao nosso país. E o que nós vimos hoje, em larga medida, no Brasil, é exatamente apologia à violência, que está hoje na palma da mão da nossa juventude, pelos smartphones, tablets e pela proliferação irresponsável de mensagens de violência e de ódio na internet, derrubando, às vezes, os esforços das famílias”, disse o ministro.

Ações

O Ciberlab e a Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, juntamente com delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras, continuam monitorando ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques em escolas.

Além disso, centenas de profissionais de Segurança Pública de diversas agências de inteligência e delegacias de Polícia, de forma integrada, realizaram múltiplas ações relacionadas ao tema.

Entre as ações realizadas pelos estados, destacam-se:

• Prisões e/ou apreensões de adolescentes: 368

• Condução de adolescentes ou suspeitos: 1595

• Buscas e apreensões: 368

• Nº de boletins de ocorrência: 3.396

• Nº de casos em investigação: 2.830

Desde o início da operação foram realizados:

• Foram realizadas 901 solicitações de preservação e remoção de conteúdos em plataformas de redes sociais;

• 384 solicitações de dados cadastrais em plataformas de redes sociais, incluindo a nova rede catalogada.Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública

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