CPMI das Fake News

Senadores prometem reação após ataques articulados do Gabinete do Ódio

Parlamentares defendem apuração da CPMI das Fake News após ataques coordenados ao youtuber Felipe Neto
Senadores prometem reação após ataques articulados do Gabinete do Ódio

Foto: Alessandro Dantas

Os senadores do PT, membros da CPMI das Fake News prometeram reação contra os articuladores do chamado Gabinete do Ódio. A rede bolsonarista que atua nas redes sociais já foi denunciada em alguns depoimentos feitos na CPMI e conta, segundo denúncias, até mesmo com financiamento de recursos públicos.

A última vítima de ataques coordenados para destruir reputações nas redes sociais foi o youtuber Felipe Neto. Ele foi alvo de uma série de disparos de conteúdos falsos, inclusive, ligando-o a pedofilia.

“Destruir reputações é especialidade deste grupo criminoso que espalha terror e ódio para despertar o caos na sociedade. Felipe Neto conte conosco para desmascarar cada um deles. A verdade prevalecerá”, disse o líder do PT, senador Rogério Carvalho (SE).

O senador Humberto Costa (PT-PE) também se comprometeu com a busca dos articuladores do chamado Gabinete do Ódio em seu trabalho junto à CPMI.

“Isso precisa ter um fim o mais rápido possível. Será que todos aqueles que fizerem oposição a Bolsonaro vão sofrer ataques nas redes sociais? É sempre o mesmo modus operandi. As pessoas precisam entender a urgência de desmontar esse gabinete do ódio e prender aqueles que articulam essa rede de mentiras”, enfatizou.

Financiamento público
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu à Corte que apure o gasto de publicidade do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB) em canais de Youtube mantidos por bolsonaristas investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). A representação foi enviada pelo subprocurador Lucas Furtado, que também cobrou em abril investigações contra suposta ingerência do governo Bolsonaro na gestão de publicidade do Banco do Brasil.

A presença de anúncios do BNDES e do BNB foi detectada por reportagem do jornal O Globo, que identificou por Lei de Acesso à Informação pagamentos de publicidade a canais de investigados nos inquéritos das ‘fake news’ e dos atos antidemocráticos – alguns perfis, inclusive, eram de deputados federais aliados ao Planalto, como Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

Gabinete opera dentro do Palácio do Planalto
Depoimentos prestados por ex-aliados de Bolsonaro à CPMI das Fake News apontam para a existência de uma milícia digital destinada a espalhar ameaças e ataques à reputação de críticos do governo Bolsonaro. De acordo com as denúncias recebidas pela CPMI, estariam a frente da organização do Gabinete do Ódio o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, além de outros parlamentares estaduais e seus assessores.

Pelo menos três assessores lotados no Palácio do Planalto já entraram na mira da CPMI. Os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, de acordo com reportagem de O Estado de S. Paulo, produzem relatórios diários, com suas interpretações, sobre fatos do Brasil e do mundo e são responsáveis pelas redes sociais da Presidência da República e estariam relacionados com os disparos de conteúdo de ódio promovido pelo Gabinete do Ódio.

Com informações de agências de notícias

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