Os senadores da bancada do PT se manifestaram em tom de repúdio, nesta terça-feira (31) após membros do governo Bolsonaro, dentre eles, o vice-presidente Hamilton Mourão postarem mensagens nas redes sociais enaltecendo o golpe militar de 1964.
A manifestação de certa forma foi “estimulada” por Jair Bolsonaro, que se declarou a favor de celebrações pelo golpe. Com isso, ele desrespeitou recomendação da Comissão da Verdade, pela proibição de atos a favor de 1964, algo “incompatível” com o Estado de direito.
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), rebateu a mensagem do vice-presidente que afirmou ter sido com a eleição do general Castello Branco, após o golpe, que se iniciaram as reformas que desenvolveram o Brasil.
“Esta não é a memória das mães que tiveram seus filhos assassinados nos porões da ditadura. Em defesa da democracia e da vida: ditadura nunca mais”, disse o senador.
Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN) “é um absurdo” que após 56 anos do golpe militar de 1964 ainda existam defensores de uma ditadura que “mergulhou o Brasil nas trevas por 21 anos”.
“Pior ainda é quando quem defende a ditadura, numa tentativa de reescrever a história, é o Presidente da República, justamente quem mais deveria zelar pela democracia, mas que, em vez disso, dá sucessivas demonstrações antidemocráticas, homenageia torturador e apoia manifestações para fechar o Congresso e o STF prova que não está à altura de liderar o Brasi”, criticou.
O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que a data de instauração do regime militar no Brasil por meio de um golpe significa um marco na supressão das liberdades e da própria democracia.
“O golpe de 64 é marco para uma noite de 21 anos que caiu sobre o Brasil. É marco da supressão de liberdades e da própria democracia. É marco de torturas, desaparecimentos e mortes que são feridas abertas pra sempre na nossa história”, afirmou.
Uma série de atividades em redes sociais marcará, nesta terça-feira (31), o repúdio ao golpe de 1964 e seus defensores, além do apoio ao Estado democrático de direito.
A partir das 14h haverá um “twittaço” com hashtags #ditaduranuncamais e #luto na janela. A lembrança mostra ser continuamente necessária, já que o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue ecoando o movimento de 31 de março/1º de abril.
Com informações da Rede Brasil Atual
É um absurdo que, 56 anos depois do golpe civil-militar de 1964, ainda tenhamos que conviver com defensores de uma ditadura que mergulhou o país nas trevas durante 21 anos. (+)
— Jean Paul Prates (@senadorjpprates) March 31, 2020
Esta não é a memória das mães que tiveram seus filhos assassinados nos porões da ditadura. Em defesa da democracia e da vida: #DitaduraNuncaMais pic.twitter.com/eF3fq69GvN
— Rogério Carvalho (@SenadorRogerio) March 31, 2020
O golpe de 64 é marco para uma noite de 21 anos que caiu sobre o Brasil. É marco da supressão de liberdades e da própria democracia. É marco de torturas, desaparecimentos e mortes que são feridas abertas pra sempre na nossa história. #DitaduraNuncaMaishttps://t.co/NGmHMdlMoJ
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 31, 2020