Manifestações

Sindicatos pressionam deputados contra reforma da Previdência

Cobrança é por apoio contra as reformas da Previdência e trabalhista
Sindicatos pressionam deputados contra reforma da Previdência

Ato no Aeroporto Internacional do Ceará. Foto: Emanuel Lima

Sindicalistas e movimentos sociais estão mobilizados contra as reformas da Previdência e trabalhista, desde a noite de segunda-feira (17), nos aeroportos do Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O objetivo é pressionar parlamentares que viajam para Brasília a votarem contra as reformas, além de alertar eventuais passageiros sobre os riscos das propostas da gestão Michel Temer.

As ações fazem parte do preparatório para a greve geral de trabalhadoras e trabalhadores do dia 28 de abril, quando categorias de áreas como educação e transportes devem paralisar as atividades em todo o País.

“São os trabalhadores mobilizados nas ruas e nós, parlamentares da oposição, aqui no Congresso. Vamos juntos continuar as lutas para impedir o avanço dessa crueldade para milhões de brasileiras e brasileiros”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS), que parabenizou a iniciativa promovida pela CUT, sindicatos e movimentos sociais.

No Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE), sete parlamentares foram abordados por manifestantes. O evento começou ainda na madrugada desta terça-feira (18) e incluiu distribuição de panfletos com explicações sobre os retrocessos promovidos pelas reformas.

“Deixamos claro que a classe trabalhadora, movimentos sociais e sindicais são totalmente contrários a essas reformas que tiram direitos históricos conquistados com muita luta”, explicou o secretário de Comunicação da CUT-CE, Emanuel Lima. Ainda segundo ele, as manifestações continuam nesta terça em indústrias locais e nos terminais de integração Antônio Bezerra e Parangaba, ambos em Fortaleza.

Assista trechos da mobilização no Ceará:

As atividades no Aeroporto Internacional de Salvador (BA) também começaram cedo, às 5h. Cerca de 20 parlamentares – entre deputados e senadores – foram abordados pelos manifestantes. E houve grande aceitação do público aos esclarecimentos sobre as reformas, segundo o diretor da CUT-BA e do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Cláudio da Silva Lima.

“Essas atividades vão se desdobrar na Bahia até o dia 28, quando haverá paralisação dos transportes públicos de todo o Estado”, garantiu o dirigente sindical.

Manifestação no Aeroporto Internacional da Bahia. Fotos: Jelber Cedraes

No Aeroporto Internacional de Porto Alegre (RS), quatro parlamentares foram abordados por sindicalistas – entre eles, os deputados petistas Henrique Fontana e Bohn Gass, que reiteram o apoio irrestrito contra as mudanças na Previdência e na CLT.

“As elites querem a precarização do trabalho, mas não aceitamos a volta da escravidão”, disse o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr. “O Brasil tem que andar para frente, resgatar a democracia com eleições diretas e não retornar ao passado”, acrescentou.

Manifestações no Aeroporto Internacional de Porto Alegre. Foto: Inara Claro

Já em Santa Catarina, as manifestações começaram na segunda-feira, no Aeroporto de Chapecó. Também ontem, sindicatos conversaram com parlamentares e passageiros na capital Florianópolis, em atividades que se seguiram nesta terça das 5h às 9h.

Para a Secretária de Políticas Sociais da CUT-SC, Elivane Sechi, as atividades são apoiadas pela população. “O povo está a cada dia mais engajado com os movimentos para barrar essas reformas. Embora grande parte dos meios de comunicação não os informem, eles estão sabendo os riscos desses projetos para os trabalhadores. Os parlamentares que votarem a favor da retirada de direitos terão muito problemas para conseguir a reeleição”, destacou.

No domingo de Páscoa, parlamentares da região Oeste do Estado tiveram uma “surpresa”. Outras manifestações lideradas por sindicatos e movimentos sociais chegaram às portas dos deputados federais Valdir Colatto e Celso Maldaner, ambos do PMDB. Com palavras de ordem, manifestantes anunciaram que os parlamentares seriam denunciados em todos os espaços caso votassem contra os trabalhadores.

Veja fotos da mobilização em Santa Catarina:

*Com informações da CUT-RS e da CUT-SC

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