Ângela critica a proposta golpista de privatizar o Sistema Único de Saúde

Ângela critica a proposta golpista de privatizar o Sistema Único de Saúde

Ângela criticou a absurda proposta do governo interino de substituir o Sistema Único de Saúde por um plano de saúde “popular” para as pessoas mais pobresA defesa do governo interino de um plano de saúde “popular” para as pessoas mais pobres, com acesso a menos serviços do que a cobertura mínima obrigatória determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é mais um direito a ser retirado pelo governo golpista contra os fundamentos garantidos pela Constituição. Em discurso ao plenário, nesta quarta-feira (13), a senadora Ângela Portela (PT-RR) abominou a proposta e defendeu o fortalecimento – e não o retrocesso – do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O SUS é uma conquista do povo brasileiro. Inadmissível imaginar a diminuição do SUS”, disse. Para ela, as mudanças nas regras mínimas para o funcionamento dos planos de saúde, escondem, na prática, a defesa de um atendimento de segunda linha para os pobres. 

Não está explicito o interesse do ministro da Saúde, Ricardo Barros, quando defende piamente a criação de um plano de saúde popular destinados aos mais pobres. Sabe-se, pelo menos, que um dos principais doadores de sua campanha a deputado federal, em 2014, foi justamente um acionista, dono, de empresa que vende planos de saúde. Não bastasse o retrocesso de enfraquecer o SUS, ao ser perguntado sobre se a mudança não poderia aumentar as reclamações contra as operadoras de planos de saúde, que são milhares, o ministro Barros respondeu que os usuários podem procurar a ANS ou o Procon. 

“Realmente, temos aí uma solução fácil para os problemas do povo brasileiro: se você está doente e não consegue ser atendido adequadamente pelo seu plano de saúde, basta ir ao Procon ou à Agência Nacional de Saúde, que tudo estará resolvido”, ironizou Ângela. 

A senadora lembrou que o ministro tem sido pródigo em sugerir medidas que tiram direitos dos mais pobres. Como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, por exemplo, ele propôs cortes drásticos nos recursos do Bolsa Família. Depois, assim que assumiu o ministério do governo Temer sugeriu a diminuição do Sistema Único de Saúde. 

“Nós temos observado que o governo interino continua acenando com medidas restritivas de direitos e com cortes em programas sociais. Isso nos preocupa muito”, disse Ângela. 

Ela denunciou, ainda, a base de apoio do governo golpista dentro do Congresso que quer censurar os professores em sala de aula, com o malfadado projeto chamado Escola Sem Partido. “É a mesma que quer criminalizar mulheres vítimas de violência; é a mesma base que pretende diminuir os direitos dos povos indígenas. Por fim, é essa mesma base política, defensora dos maiores retrocessos em matéria de políticas sociais, que vive às voltas com suspeitas de corrupção, processos inconclusos e respostas evasivas à Justiça”. Vale notar que mal tomou posse no Ministério da Educação para tocar o projeto Escola Sem Partido que Adolfo Sachsida, conforme publicado no site Brasil 247, ele já foi exonerado. Não esquentou cadeira. Aliás, Sachsida, mesmo tendo um bom currículo, é uma das vozes do conservador Instituto Liberal, um dos patrocinadores do golpe, ao lado do Instituto Mises e outros. 

 

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