O Conselho Nacional de Defesa Civil precisa reconhecer, com a máxima urgência, o {modal url=https://ptnosenado.org.br/popup/121-popup/14122-estado-de-calamidade-publica}estado de calamidade pública{/modal} no município de Brasiléia (AC) e nos bairros de Rio Branco. “Essa condição é essencial para que os trâmites de socorro e reconstrução sejam agilizados”, afirmou. O apelo é do senador Aníbal Diniz (PT-AC), que, na tarde desta segunda-feira (27/02), na tribuna do Senado, apresentou um balanço da situação em seu estado, atingido pelas cheias dos rios Acre, Purus e Iaco.
“Em Brasiléia, o que vemos é um cenário de guerra: a lama e os escombros estão por toda parte”, relatou o senador. “O rastro das cheias é tão impactante que já podemos afirmar que serão necessários alguns anos para reconstruir o que as águas levaram em poucas horas”.
O estado de calamidade pública na cidade de Brasiléia e em dezenas de bairros da capital, Rio Branco, já foi decretado pelas prefeituras e reconhecido pelo governador do estado, Tião Viana (PT). Outros municípios estão em {modal url=https://ptnosenado.org.br/popup/121-popup/14121-estado-de-emergencia}estado de emergência{/modal}. “A situação é mais do que crítica. É o maior desastre natural da história do Acre”, relatou, de Rio Branco, o senador Jorge Viana (PT-AC), que acompanha de perto o socorro às vítimas da inundação, em entrevista à Rádio Senado.
Só na capital do estado, cerca de 100 mil foram desabrigadas ou desalojadas. O nível do Rio Acre chegou, no último domingo, aos
Segundo Viana, o “caos só não é maior na capital por conta do nível de organização do governo e da prefeitura”. Ele destacou, porém que o apoio do governo federal tem sido essencial para evitar ainda mais transtornos.
“A situação da Defesa Civil no Brasil ainda é muito precária de recursos, apesar de contarmos com pessoal muito bom”, lembrou Viana, que, no ano passado, presidiu uma comissão especial do Senado que avaliou as condições do País para enfrentar calamidades naturais. Dos trabalhos dessa comissão resultou um projeto de reestruturação da Defesa Civil, atualmente em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Tanto Jorge Viana quanto Aníbal Diniz fizeram questão de frisar que, embora as águas dos rios tenham começado a baixar, o pior está longe de ser superado: é na vazante que se verifica o maior risco de epidemias. Além disso, é o momento em que as pessoas começam a voltar para o que restou de suas casas. “Começa o período de reconstrução, com risco de doenças. A partir daí, começa outra operação, que é a limpeza delicada das casas”.
Viana acredita que a situação no Acre é mais um alerta para a necessidade de consolidação de uma política pública orçamentária de preparo e prevenção para a Defesa Civil.
Com informações da Rádio Senado Federal
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