Em discurso na semana passada, Paim pediu o fim da greve aos líderes dos caminhoneirosPor iniciativa do senador Paulo Paim (PT/RS), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), do Senado Federal, realizará uma audiência pública para debater a greve dos caminhoneiros. Segundo a assessoria do parlamentar, a data será definida na terça-feira (3). Lideranças do setor e do governo federal serão convidadas.
Cálculos preliminares de entidades apontam que as paralisações das estradas pelo movimento grevista já causaram prejuízo superior a R$ 1 bilhão. No Rio Grande do Sul, de acordo o Sindicato de Laticínios, 5 milhões de litros de leite por dia não estão chegando às indústrias. Em SC, frigoríficos de suínos e aves suspenderam os abates. Em MT, 20% dos produtores pararam a colheita de soja por falta de diesel nas máquinas.
“A paralisação dos caminhoneiros é legítima. Eles estão lutando por melhores condições de trabalho e de renda. Contudo, temos a obrigação de discutirmos tudo o que envolve um movimento como esse. Temos notícias de que em algumas cidades certos alimentos já estão em falta. Isso envolve a vida de pessoas”, disse Paim.
Na semana passada, o senador se manifestou ao plenário do Senado sobre a situação. O petista pediu que os grevistas encerrem a paralisação, mesmo com as negociações em andamento, pelo menos até o dia 10 de março. Nesta data, governo e representantes dos caminhoneiros se reunirão para fechar a pauta de reivindicações.
Em reunião com os líderes da categoria, também na semana passada, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, se comprometeu a atender diversas reivindicações da categoria. Foram garantidas medidas como a sanção, sem vetos da presidenta Dilma, da Lei do Motorista que, entre outros, aumenta a carga horária de 8h para 12h e a ampliação do prazo de pagamento das prestações de financiamentos de caminhões. Além disso, o governo assumiu a responsabilidade de não aumentar o preço do diesel nos próximos seis meses – embora ainda haja impasse sobre esse tema.
Segundo Paulo Paim, é preciso que haja um acordo entre o governo e a categoria para que, no próximo encontro, se ache uma solução pedida pelos caminhoneiros, que é repassar para o valor final do contrato do frete o possível aumento do valor do diesel. Paim argumentou que essa solução, de certa forma, acaba onerando a população, uma vez que o aumento do gasto com transporte acaba sendo repassado para o preço final dos produtos – e isso, na ponta, pressiona a inflação.
Com informações da assessoria do senador Paulo Paim
Leia mais: