Em apenas dois anos, Mais Médicos provocou uma revolução na saúde do Brasil

Em apenas dois anos, Mais Médicos provocou uma revolução na saúde do Brasil

Mais Médicos: 95% de aprovação Há dois anos, em meio a uma saraivada de ataques que nunca atingira um programa de governo com tamanha violência, nascia o Mais Médicos. Estimulados pelo discurso eletista e preconceituoso do PSDB e do DEM e por uma corporação que não admitia perder privilégios, o cenário de jovens médicos destratando e agredindo doutores contratados pelo governo brasileiro, hoje, é apenas uma triste lembrança que ainda envergonha muitos brasileiros.

“Nunca pensei que fosse chegar a este extremo de preconceito e até racismo, que fossem dizer que as médicas cubanas pareciam empregadas domésticas, que os médicos negros deveriam voltar para a África ou que eram guerrilheiros disfarçados”, lamentou, à época, o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina.

A resposta veio com o reconhecimento de que o Mais Médicos é um dos programas de melhor resultado e maior aprovação popular. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMH), de 2014, que ouviu 4 mil pessoas de 699 municípios, revelou que 95% dos usuários estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o desempenho dos médicos. Outros 86% dos afirmaram que a qualidade da atenção melhorou após a chegada dos profissionais do Mais Médicos e 60% destacaram a presença constante do médico e o cumprimento da carga horária.

Os números da pesquisa mostram que vários obstáculos ao programa criados pela oposição foram derrubados. Quem não enxerga que o cenário não é mais de abandono dos moradores de cidades isoladas é o candidato derrotado à Presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos inimigos mais ferozes do programa, além de seu fiel aliado, Ronaldo Caiado (DEM-GO). Para o senador tucano, tudo não passa de marketing.

Mal informado, o candidato derrotado desconhece que, com a ajuda do Mais Médicos, a mortalidade infantil foi zerada em várias regiões do Brasil – entre elas, Osasco, uma das maiores cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Outras grandes cidades preparam-se para o mesmo feito, inclusive algumas governadas pelo PSDB, o que demonstra o distanciamento crescente do candidato derrotado de seu próprio partido.

Tudo começou exatamente no dia 8 de julho de 2013, quando a presidenta Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 621 com uma medida que haveria de mudar a saúde das famílias no Brasil com prioridade para a atenção primária dentro do extenso leque de serviços e atendimentos  já prestados à população pelo SUS – O Sistema Único de Saúde.

A revolução gerada na saúde no Brasil, em apenas dois anos, já mostra progressos incontestáveis. Graças ao Mais Médicos, cerca de 50 milhões de brasileiros foram incluídos no atendimento realizado por um batalhão de 14.462 médicos que hoje trabalham em 3.875 mil municípios brasileiros, além dos 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs).

Na primeira etapa convocatória, apenas 1.846 médicos brasileiros se inscreveram na primeira convocatória. Este ano, a situação se inverteu e 92% das 4.146 vagas foram ocupadas por profissionais registrados no Brasil.

A revolução não parou aí. A presença dos médicos em localidades onde nenhum médico havia estado antes puxou uma série de investimentos que expandiu a rede de saúde. O financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) desde então recebeu R$ 5,6 bilhões, as construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) receberam mais R$ 1,9 bilhão. Das 26 mil UBS que tiveram recursos aprovados para construção ou melhoria, 20,6 mil (79,2%) estão em obras ou já foram concluídas. Em relação às UPAs, 363 já foram concluídas de um total de 943 propostas aprovadas.

Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no Brasil, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e outras 12,4 mil vagas de residência médica, para formação de especialistas até 2018 com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Já foram autorizadas 4.460 novas vagas de graduação, sendo 1.343 em instituições públicas e 3.117 em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos. Só em 2014, o governo federal autorizou 2.822 novas vagas de residência.

A abertura de novos cursos e vagas de graduação leva em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades com escassez de profissionais, como no Nordeste e no Norte do País, e em cidades do interior de todas as regiões brasileiras.

Integrante do grupo de trabalho que participou da implantação do programa, a médica Lena Peres utilizou sua página no Facebook para comemorar os resultados desses últimos dois anos. Ela registrou que “um dos maiores ganhos” do Mais Médicos é “recuperar o olhar da Saúde para prevenção de doenças e promoção de uma vida saudável”.

Hoje, o programa Mais Médicos já considera um modelo no continente e países como a Bolívia, o Paraguai, o Suriname e o Chile, que também sofrem com falta de profissionais e planejam fazer projetos semelhantes.

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