Fátima: “O golpe que eles tentam tramar não se dá só pela via do impeachment. Refiro-me a essa moda agora que seria a realização de novas eleições”. Foto: Edilson Rodrigues/Agência SenadoA senadora Fátima Bezerra (PT-RN) reafirmou, nesta quarta-feira (06), em plenário, que o movimento golpista em curso, a cada dia que passa, perde força pela falta ausência do requisito essencial para aprová-lo: comprovação do crime de responsabilidade. Nessas últimas semanas, a senadora relatou que tem constatado um grande crescimento da resistência frente a tentativa de golpe.
“As manifestações populares estão, enfim, se irradiando pelo País afora, numa demonstração muito clara que cresce a cada dia a consciência democrática de que as justificativas para o impeachment não se sustentam juridicamente. Em razão disso, ele não tem condições de prosperar”, disse.
De acordo com a senadora, após a exposição do Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, na comissão especial que analisa o afastamento da presidenta, a oposição está tendo que “cair na real para enxergar que a tese do impeachment não vai vingar”. Por isso, segundo Fátima, agora, os parlamentares oposicionistas tentam outras alternativas que também violam a Constituição.
“O golpe que eles tentam tramar não se dá só pela via do impeachment. Refiro-me a essa moda agora que seria a realização de novas eleições, baseadas em popularidade do governo. Na verdade, eles estão desesperados porque sabem que, vencida essa etapa, que é derrotar o impeachment, no outro dia, a presidenta Dilma, o governo, as forças políticas que dão sustentação terão capacidade para recompor a base que lhes dá sustentação e apresentarão uma nova agenda para o País”, destacou.
A senadora reiterou que o mandato da presidenta Dilma Rousseff tem legitimidade concedida por aquilo que é um dos valores mais nobres da democracia: “o direito do povo escolher os seus governantes”.
“A senhora pela sua história, pela sua biografia, a gente sabe que jamais fugirá da luta, que vai continuar enfrentando esse cenário, pedindo respeito aos mais de 54 milhões de votos obtidos nas últimas eleições e, vencida essa etapa, estaremos, no outro dia, com uma nova agenda para o País”, salientou.
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