Fator previdenciário deve ser jogado na lata do lixo, diz Paim em entrevista

Paim acredita que Congresso derrubará veto de Dilma à fórmula 85/95, caso ele ocorraEm entrevista o jornal O Estado de S. Paulo, nesta quarta-feira (17), o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que, se a presidenta Dilma vetar o novo cálculo para aposentadorias chamado de fórmula 85/95, o Congresso derrubará o veto. “Isso é quase uma unanimidade”, afirmou o senador. A fórmula soma a idade ao tempo de contribuição, devendo somar 85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens.

O parlamentar acredita que a adoção da fórmula – que seria uma alternativa ao fator previdenciário na hora do cidadão se aposentar – não afeta as contas da Previdência.

O ESTADO: A flexibilização do fator previdenciário deve ser vetada pela presidente Dilma Rousseff?

 

PAIM: O fator previdenciário deve ser jogado na lata do lixo. É a lei mais cruel desde a ditadura, porque penaliza, principalmente, os mais pobres. Estou convicto de que, se a presidente vetar a proposta, o Congresso vai derrubar o veto. No Senado, isso é quase uma unanimidade.

Não há uma pessoa de bem que esteja na vida pública que vete a proposta. Se a presidente mantiver o fator previdenciário como está, será mais um componente para eu mudar meus caminhos.

Esse governo atirou no aposentado, no desempregado, no pescador.

Agora, apresentou um pacote de infraestrutura, mas até pouco tempo atrás estava quebrado. Isso vai na contramão da própria história do PT.

Como ficam as contas da Previdência com o novo cálculo?

 

O gasto com o fator previdenciário (flexibilizado) é de R$ 1 bilhão por ano, mas estão dizendo que é de R$ 3,2 trilhões.

Isso é uma irresponsabilidade, o governo está propagando terrorismo entre a população, mas tenho certeza de que as pessoas não são bobas. Não vai ser R$ 1 bilhão que vai quebrar a Previdência, o gasto é insignificante.

Dos 35 milhões de aposentados, 22 milhões ganham apenas um salário mínimo e 4,8 milhões ganham dois salários mínimos.

Com informações do jornal O Estado de S.Paulo

 

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