Humberto exalta sensibilidade demonstrada pelo papa na visita ao continente

Humberto exalta sensibilidade demonstrada pelo papa na visita ao continente

Humberto lembrou frase em que Francisco disse que “pobres são a dívida que a América Latina tem”A dívida com os menos favorecidos, os excluídos sociais, as populações negras e indígenas, que viveram 500 anos de exclusão, precisa ser paga. Esse foi o recado do papa Francisco às populações latino-americanas. Ao encerrar sua visita de nove dias ao Equador, Bolívia e Paraguai, o chefe da Igreja Católica mostrou ao mundo com clareza o que pensa sobre o quadro de pobreza, desigualdade social e espoliação dos povos indígenas pelas elites brancas e os desmandos praticados por regimes autoritários que marcaram a história desses e de outros  países do continente

Nesta quarta-feira (15), o líder Humberto Costa (PE) chamou os povos dessas nações a refletir sobre os rumos políticos e econômicos da América Latina. “No Equador, por onde iniciou sua caminhada sul-americana, o Pontífice ressaltou o enorme desafio que todos devemos assumir de garantir um futuro melhor para os mais frágeis e para as minorias mais vulneráveis”, lembrou o senador.

Humberto destacou a frase que mais lhe chamou a atenção na mensagem do Sumo Pontífice –“os pobres são a dívida que a América Latina tem”, para recordar que a inclusão dos mais necessitados só teve chance no continente quando se tornou um objetivo dos governos de esquerda. “Foi com determinação e coragem que os nossos governos, iniciados com o presidente Lula, começaram a pagar essa dívida com a História, fazendo uma verdadeira revolução no Brasil”, disse.

A partir dessa mudança na compreensão sobre o que deve ser prioridade para um governo, 36 milhões de famílias saíram da linha da pobreza, 42 milhões de pessoas chegaram à classe média, 20 milhões de empregos foram criados e o e o número de estudantes nas universidades dobrou em nosso país.

E é justamente a mudança desse cenário que tem incomodado as elites que por cinco séculos dominaram a economia e a política do Brasil e da América Latina. “Não é com alegria, apesar de todo o humanismo de que a causa se reveste, que as elites veem as portas das senzalas sendo abertas, dando espaço a que antigos oprimidos – libertos das condições degradantes em que viviam – dividam com elas, seus velhos opressores, espaços e oportunidades”, demonstrou o senador.

Humberto lembrou que, talvez por ser latino e ter composto essas minorias ou convivido de perto com elas, o Papa foi no alvo quando condenou a idolatria ao ao capital e o fato de ele dirigir as opções dos seres humanos, tendo em conta que, quando a avidez pelo dinheiro tutela todo o sistema socioeconômico, isso, conforme as palavras do Sumo Pontífice “arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, coloca povo contra povo e, como vemos, até põe em risco esta nossa casa comum.

Destacando a crise que atualmente se abate sobre um país de outro continente, a Grécia, Humberto reiterou que, no Brasil, não haverá mudança de rumo: “O governo da presidenta Dilma seguirá, como sempre foi próprio das nossas administrações, dando a mão aos mais pobres, e não ao mercado, porque foi para isso que os brasileiros a elegeram”, garantiu.

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