Paim: bancos poderão ser obrigados a imprimir comprovantes em Braille

Defesa foi feito pelo senador Paim durante audiência da Comissão de Direitos Humanos, que debateu a acessibilidade.

Agências e redes de autoatendimento
terão que disponibilizar sistema
em Braille

Comprovantes eletrônicos em Braille. Essa é a proposta que o senador Paulo Paim (PT-RS) quer colocar em votação na próxima quinta-feira (6). O comunicado foi feito durante debate sobre acessibilidade nas cidades, realizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (3).

A proposta inicial obriga os bancos a disponibilizar, em todas as agências e redes de autoatendimento, o sistema Braille de leitura nas teclas dos caixas eletrônicos e nos comprovantes impressos das transações efetuadas. Na CAE, o relator da proposta, senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), retirou a obrigatoriedade da impressão dos comprovantes em Braille, para atender a emenda do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Segundo Raupp, não existiriam fornecedores da tecnologia no mercado.

No entanto, Guilherme Lira, diretor da Tecassistiva, disse que a empresa apresentará o primeiro protótipo de caixa eletrônico com impressão em Braille em dezembro. A empresa se baseou no PLS 129/2007 para elaborar o projeto de criação da tecnologia de impressão em Braille de extratos bancários, que foi financiado pela Finep com R$ 4 milhões. A Tecassistiva entrou com o investimento de R$ 1 milhão.

Para o diretor da Tecassistiva, a inserção do equipamento da tecnologia de impressão em Braille nos caixas eletrônicos, chamados de ATMs (Automatic Teller Machine) terá custo muito reduzido. Lira afirmou ainda que a massificação da tecnologia nos bancos vai baratear o custo da impressora em Braille.” Se massificar isso na utilização dos bancos, vai possibilitar que, nos próximos anos, uma pessoa cega tenha uma impressora Braille caseira”, disse.

Rotas acessíveis nas cidades
A audiência pública também debateu as ações do Ministério das Cidades (MC) para tornar acessíveis as cidades. De acordo com a gerente de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano do MC, Carolina Cavalcanti, o Ministério prevê o apoio à implantação de rotas acessíveis nas cidades brasileiras.

Segundo Carolina, a ação do ministério é voltada para promover a adequação da infraestrutura urbana, removendo barreiras arquitetônicas e urbanísticas e promovendo a acessibilidade universal. No entanto, o orçamento para a ação é baixo e está quase totalmente em emendas parlamentares.

Com informações da Agência Senado

Foto: blogsentidos.blogspot.com

Conheça o PLS 129/2007

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