Paim: “Vou defender até a morte o direito dos trabalhadores. Vou aplaudir a vida inteira, vou aplaudir até a morte o direito dos trabalhadores e de aposentados”O senador Paulo Paim (PT-RS) rebateu, nesta terça-feira (13), em plenário, o ex-colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, por críticas feitas ao artigo “Terceirização: Os trabalhadores sob o fogo do dragão”, de autoria do senador petista e veiculado, no último dia 12, no jornal Folha de S. Paulo.
Em seu artigo, Paim chama atenção do leitor para o que considera uma “meticulosa orquestração que está em curso, conduzida por grupos no Congresso Nacional, que tem por objetivo liquidar a nossa legislação trabalhista e social”.
O parlamentar leu trechos do artigo do jornalista, publicado no site do Instituto Liberal e ressaltou que se surpreendeu com o conteúdo do texto.
“Me surpreendi com o artigo escrito pelo jornalista Rodrigo Constantino e dirigido a mim. Com o título ‘As leis trabalhistas beneficiam os trabalhadores? ’. O título vem com interrogação, como quem diz que as leis trabalhistas são ruins para o trabalhador. Eu queria saber se o emprego dele também é ruim para ele. Se é ruim saia”, ironizou. “Os trabalhadores estão bem com a CLT e querem continuar com a CLT”, emendou. Há poucos dias, Constantino perdeu sua coluna na revista Veja e acaba de inaugurar espaço na Folha.
Paim leu um trecho do artigo em que o jornalista diz que o senador voltou ao ataque populista, “combatendo quaisquer mudanças nas leis trabalhistas obsoletas de nosso país”. Além disso, o artigo ainda diz que Paim defende com unhas e dentes e sem nenhum argumento sólido, a manutenção de direitos trabalhistas.
Em outro ponto, o ex-colunista da Veja diz que “é preciso desconhecer muito a economia para aplaudir tais direitos. “Tem que rir, né?”, ironizou o senador.
“Sou mesmo”
“Com os argumentos dele, se isso é ser esquerdista, populista e rebelde, eu sou mesmo. Vou defender até a morte o direito dos trabalhadores. Vou aplaudir a vida inteira, vou aplaudir até a morte o direito dos trabalhadores e de aposentados”, destacou.
Em outro trecho, Constantino citou uma falácia e utilizou uma analogia citando um sujeito faminto que pede para cortarem sua pizza em 12 pedaços em vez de oito. Segundo o jornalista, a conta não fecha porque, a pizza é a mesma e apenas o número de fatias é modificado.
“Sim, meu amigo Rodrigo, pegando a parábola que você colocou. Se eu tiver 12 pessoas com fome na minha mesa, não vou dividir a pizza em oito pedaços. Vou dividir em 12 pedaços e dar um pedacinho para cada um, com um copo d’água. O que você diz aqui, é que você quer tirar tudo do povo. Não tem razão de ser”, criticou.
Rafael Noronha
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