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O senador Paulo Paim (PT-RS) homenageou, nesta sexta-feira (7), as mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher, 8 de março. De acordo com o senador petista, após milênios de subordinação e exploração de todos os tipos, as mulheres vêm conquistando cada vez mais direitos e ajudando a eliminar alguns ranços machistas ainda existentes na sociedade.
“Aqui podemos traçar um paralelo com os negros, que também não tinham direitos e eram considerados e tratados como criaturas que nem alma tinham, lá atrás. As escravidões variavam em grau, mas, na essência, o que estava por trás disso tudo era o desejo do mando, o controle. E por parte de quem? Do universo masculino, que encarnava o poder temporal”, disse.
De acordo com o senador, a “abolição” da mulher também foi um processo difícil. A busca pelo direito ao trabalho fora de casa e o direito ao voto são dois exemplos das dificuldades enfrentadas pelas mulheres na busca pela igualdade de gênero.
“Hoje, apesar de ainda restarem inúmeras diferenças entre homens e mulheres, frequentemente camufladas por igualdades formais que não existem na prática, temos a grata satisfação de ver que o movimento cresceu e está ocupando os mais diversos espaços, como ocorre no mundo laboral, na vida escolar e na política, para ficar em poucos exemplos, além da presidenta Dilma”, ressaltou.
Paim ainda apontou que, a partir de 2003, quando o ex-presidente Lula criou a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) – órgão vinculado à Presidência da República – houve uma melhora das políticas públicas nessa área. Desde a sua criação, a SPM tem apresentado diversos estudos acerca dessa população. No ano passado, a presidenta Dilma, por meio de decreto, instituiu o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher. O primeiro deles, lançado em novembro do ano passado.
“Enfoca a questão da violência contra a mulher, a educação para igualdade e para a cidadania, além de discorrer sobre a autonomia econômica e a respectiva igualdade no mundo do trabalho”, disse.
Apesar dos avanços obtidos, o senador lamentou que, ainda hoje, não existe uma representação numericamente significativa de mulheres nos mais diversos locais de exercício dos três poderes.
“O Legislativo, sobretudo, parece ser um território ainda reservado prioritariamente aos homens, o que eu espero que mude com maior rapidez nesses próximos anos e, quem sabe, oxalá, agora, neste ano eleitoral”, enfatizou.