Quase 70% dos trabalhadores negros estão vinculados à Previdência

Entre idosos, percentual de proteção social ultrapassa os 80% em 2013, segundo análise do Ministério da Previdência com base em dados da PNADMais de 30 milhões dos trabalhadores brasileiros negros, com idade entre 16 a 59 anos estão vinculados a regimes de previdência, ou como trabalhadores empregados, ou como autônomo e, portanto, contam com proteção social, segundo estudo do Ministério da Previdência Social (MPS). A avaliação teve como dados os micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013. Esse percentual de trabalhadores representa quase metade do total de pessoas ocupadas no País.

Apenas no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), eles são 23,1 milhões de trabalhadores e representam 46,1% dos contribuintes do regime.Entre os segurados especiais, que são os agricultores familiares, o RGPS conta com 3,7milhões de pessoas que se declararam negras, o que representa 59,2% do contingente de segurados especiais no país, apontando para uma predominância de agricultores familiares negros no campo

De acordo com servidores do Ministério que analisaram a participação do negro no mercado de trabalho nos anos 1993, 2003 e 2013 – entre os idosos negros com idade acima de 60 anos, a proteção social chegou a 80,1%, em 2013 – 9,4 milhões de pessoas.

Considerando-se apenas a condição de contribuinte à previdência do idoso negro, ou seja, sem aposentadoria ou pensão, o número de filiados a um regime de previdência aumentou 154,8% em uma década – passando de 260,5 mil pessoas, em 2003, para 663,9 mil, em 2013.

Mais igualdade

“Na primeira década (1993-2003), o número de contribuintes negros idosos que se encontravam no mercado de trabalho era 2,5 vezes superior ao número de contribuintes brancos. Na segunda década, essa relação é praticamente de um para um. Isso mostra que existia maior dificuldade de aposentadoria entre os trabalhadores negros, comparados aos brancos”, explicam os especialistas.

O estudo também mostra o crescimento dos negros na População Economicamente Ativa (a partir de 16 anos). Em 1993, eles somavam 28,9 milhões e, em 2013, 51,9 milhões. No período analisado, entretanto, a participação dos mais jovens (entre 16 e 24 anos) caiu.

Segundo o estudo, um indício de mais tempo tem sido dedicado aos estudos. “Essa queda nessa faixa etária, associada ao baixo índice de desemprego no Brasil, naquele período, pode apontar que existe entre os mais jovens um retardamento voluntário na busca do primeiro emprego, possivelmente com o intuito de melhorar seu nível de capacitação”, defende o artigo.

Com informações do Ministério da Previdência e Assistência Social

Veja a íntegra do estudo

 

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