Regina Sousa: daqui a pouco, vão mandar cortar o oxigênio dela [Dilma], só falta issoA senadora Regina Sousa (PT-PI) reforçou, nessa quarta-feira (08), a denúncia anteriormente feita por blogueiros progressistas e, agora, na chamada grande imprensa, de que a presidenta Dilma Rousseff tem sofrido represálias do governo golpista que, inclusive, ferem a legislação.
Primeiro, relatou Regina, surgiu a “barreira inquisitória”, também denunciada pelo senador Jorge Viana (PT-AC) e atrasa a chegada dos visitantes até a presidenta eleita do Brasil.
“Quando íamos visitá-la, passávamos por um interrogatório, demorava dez, quinze minutos, e isso foi testemunhado aqui pelo presidente e vice-presidente do Senado”, relatou. De acordo com a senadora, após as denúncias, o cerco foi abrandado e, agora, se faz necessária apenas a identificação.
Depois a presidenta Dilma foi proibida de utilizar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar pelo País. A ação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) restringiu a rota a ser utilizada por Dilma apenas no trecho Brasília-Porto Alegre. Essa decisão do Executivo provisório, inclusive, motivou a aprovação de requerimento de convite ao general Sérgio Etchegoyen, responsável pela GSI, para explicar o que motivou a decisão em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH). O requerimento tem como autores os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Paulo Paim (PT-RS).
Regina também critica a atitude tomada pelo governo provisório de cortar o cartão corporativo, deixando o Palácio da Alvorada sem recursos para a compra de comida. “Depois divulgam o quanto gastam com comida, como se fosse só ela a comer naquele Palácio, lá, há um batalhão de gente, aquilo é uma imensidão, há bichos para cuidar, jardins, há um monte de gente que mora ali. Então, a despesa de alimentação é alta”, defendeu.
Outra atitude do governo provisório mencionada pela senadora foi a retirada do clipping de notícias, fornecido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), um caderninho de notícia que era entregue a presidenta.
Além disso, logo após ser afastada do cargo, a presidenta Dilma pôde escolher 15 assessores para atuarem juntamente a ela durante o andamento do processo no Senado. “Agora retiraram um direito que lhe foi dado”, enfatizou a senadora estarrecida.
“Está dito aí, parece-me que foi em O Estadão, que ele [Michel Temer] vai trocar esses 15 [assessores], porque está precisando deles e vai colocar lá pessoas da sua confiança. Vai colocar carcereiros, só pode. Acho que precisa ser denunciado isso, ninguém pode aceitar uma coisa dessa”, enfatizou.
O objetivo, segundo a senadora, será o de espionar a presidenta eleita. “Não podemos aceitar uma coisa dessa, não dá para aceitar isso. Daqui a pouco, vão mandar cortar o oxigênio dela, só falta isso”, lamentou.
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