Segundo o Banco Central, poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965; mesmo assim jornais não noticiamPoucos brasileiros perceberam, porque o assunto pareceu irrelevante para os telejornais de horário nobre e para as manchetes dos grandes jornais. Os colunistas econômicos não noticiaram. Os analistas desprezaram a informação, divulgada em boletim do Banco Central, provavelmente porque preferem manter linha do “quanto pior, melhor”. Uma pequena nota no site da Revista Exame, porém, chama a atenção de quem acredita em fatos de verdade: “O salário mínimo tem maior poder de compra em quase 50 anos”, anunciou a reportagem.
Os dados do Banco Central demonstram com clareza que o poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965. É o resultado de uma política e valorização que repercute não só sobre o poder de compra dos trabalhadores, mas dos aposentados e pensionistas também.
Ou seja, como diria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nunca antes na história deste País o brasileiro das classes desfavorecidas pode ter acesso a produtos essenciais para a sua sobrevivência. Para ser exato, o salário mínimo, que surgiu no Brasil em meados da década de 1930, até teve um período mais favorável, mas foi antes da década de 1960 e, ainda assim, os valores variavam de região para região.
A partir de 1962, com a aceleração da inflação, o salário mínimo começou a perder seu poder de compra e, após o golpe militar, houve o total abandono da prática de recompor o valor real do salário.
Na última terça-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que prorroga para até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo. A política em vigor prevê reajuste pela inflação acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Veja a matéria da revista Exame
Conheça o relatório do Banco Central
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