A gestão irresponsável e incompetente de Jair Bolsonaro vai terminando com um apagão dos serviços públicos. A Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes, o INSS corre o risco de fechar as portas por falta de recursos e, agora, as universidades e institutos federais tiveram cortes orçamentários que impedem, até mesmo, o pagamento de contas básicas como água e luz.
Para se ter ideia do descalabro que foi o governo Bolsonaro, o orçamento para o Ministério da Educação, em 2023, de R$ 12 a 15 bilhões, está abaixo do montante mínimo para o básico funcionar na área. O básico inclui além de fornecimento de merenda e distribuição de livros didáticos, a garantia de transporte escolar, o pagamento de bolsas de pesquisa, a reposição do banco de questões a serem usadas no próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Faltam recursos até para o papel higiênico das universidades.
A senadora eleita, Teresa Leitão (PT-PE), participou no dia de ontem (5) de reunião com o ministro da educação e sua equipe, para tratar de informações necessárias ao trabalho do governo de transição. Além da senadora eleita, participaram Henrique Paim, Luís Cláudio Costa e Binho Marques. “A reunião com o MEC evidenciou graves alertas orçamentários e financeiros”, resumiu a senadora eleita.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) relatou que o governo Bolsonaro bloqueou R$ 2 milhões do orçamento da Universidade Federal de Sergipe. O novo corte representa a perda de quase R$ 10 milhões dos recursos da instituição este ano.
“Agora em dezembro, três mil alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe estarão sem os auxílios tão necessários para o desenvolvimento de pesquisas em nosso país. Essa situação é absurda e inaceitável”, criticou o senador.
“Vamos buscar medidas legislativas para proibir novos cortes em nossa educação pública superior e cobrar aos órgãos fiscalizadores uma ação mais enérgica para punir os responsáveis por esse absurdo e evitar ainda mais prejuízos aos nossos estudantes e pesquisadores”, completou.
O próprio ministro da Educação afirmou ter realizado um levantamento das áreas afetadas pelo corte na verba da pasta e encaminhou os dados ao Ministério da Economia e à Casa Civil da Presidência da República, na tentativa de desbloquear os recursos. Victor Godoy, no entanto, disse que não recebeu retorno até o momento.
“O que estamos assistindo hoje no Brasil é um cenário de completo de descaso e incompetência. O país sofre com o risco de apagão e o responsável por toda essa tragédia tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE).