O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou nesta terça-feira (12) que nos últimos dois, após a retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, os brasileiros têm sofrido com uma sequência de eventos que culminam na total destruição dos 518 anos de conquistas do povo brasileiro.
“Vivemos a reforma trabalhista que retira direitos dos trabalhadores, e vivemos a precarização com a terceirização do trabalho no País. O trabalho informal alcançou 37,7 milhões de pessoas, o que representa 40,8% da população ocupada, ou dois em cada cinco trabalhadores do País”, disse.
A proporção de pessoas pobres no Brasil, lembra Rogério, era de 25,7% em 2016, subiu para 26,5 em 2017. Em números absolutos, esse contingente variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas no período. Nessa mesma análise, a proporção de crianças e adolescentes de zero a quatorze anos que viviam com rendimentos de até 5,5 por dia passou de 42,9 para 43,4% no mesmo período.
Além disso, durante o período, Michel Temer e Jair Bolsonaro com a ampliação das possibilidades de terceirização reduziram a renda média do trabalhador e aumentaram a miséria do povo. Agora o governo enviou ao Congresso a Medida Provisória 873, que dificulta o trabalho das organizações sindicais e impede que as organizações possam fazer, conforme a Constituição, e a livre organização dos trabalhadores.
“Para completar, o governo manda uma medida provisória que extingue o Ministério do Trabalho. E junto com a extinção do Ministério do Trabalho, pode comprometer todos os conselhos profissionais, porque são autarquias especiais vinculadas. E tira o lugar que pensava a política para aumentar o trabalho e a renda dos trabalhadores brasileiros, alertou o senador.
Outra crueldade do governo, de acordo com Rogério Carvalho, é o congelamento do investimento público pelos próximos 20 anos. Medida que ficou conhecida como PEC do Teto de Gastos. Mas ao mesmo tempo que corta investimentos que beneficiariam a população, o governo agiu com bondade ao aprovar a MP 795 concedendo isenção a empresas petrolíferas que deixarão de pagar 1 trilhão de reais de impostos ao Brasil ao longo dos próximos 25 anos.
“Para os pobres, para a população que mais precisa, este governo é pura maldade, é pura crueldade; para aqueles que já têm muito, para o mercado, é pura bondade”, lamentou.
Na avaliação de Rogério Carvalho, a proposta de reforma da previdência (PEC 6/2019) apresentada pelo governo Bolsonaro ataca frontalmente os cidadãos mais pobres ameaçando deixá-los sem a base de sua cidadania, que são os direitos adquiridos.
“Eu não acredito que o Senado vai deixar de ser solidário ao povo do Brasil e às novas gerações. Acredito que esta Casa não aprovará esta reforma. Que aprove outra. Que faça justiça previdenciária, mas não destrua um sistema previdenciário e de seguridade complexo e completo como é o sistema previdenciário e de seguridade do nosso País”, salientou.