Taxa do juro médio ao consumidor é a menor da série histórica

Na quarta queda consecutiva, taxa de juros média passou de 6,25% em abril para 6,18% ao mês em maio, segundo dados da Anefac.

Os juros das operações de crédito para consumidores e para empresas sofreram nova redução em maio. Para as pessoas físicas, foi a quarta queda seguida, e para jurídicas, a quinta, segundo levantamento realizado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado nesta quarta-feira (13/06).

A taxa de juros média mensal para pessoa física recuou 0,07 ponto porcentual na comparação com abril, passando de 6,25% para 6,18% ao mês e de 106,99% para 105,36% ao ano. É a menor taxa média desde 1995, início da série histórica do levantamento das taxas para pessoa física. A taxa média do cheque especial caiu de 8,28% em abril para 8,24% em maio, mas ainda está acima dos 8,12% de maio de 2011. Já as operadoras de cartão de crédito mantêm a taxa média de juros inalterada em 10,69% desde maio do ano passado.

Estes dados mostram que o consumidor brasileiro está começando a sentir os efeitos da redução da taxa básica de juros (Selic), iniciada pelo Banco Central em agosto do ano passado.  A Anefac também aponta como fator de estímulo à queda da taxa de juros na ponta a maior competição no sistema financeiro provocada pelos bancos públicos. Isso deve à estratégia adotada pela presidenta Dilma Rousseff de determinar a diminuição dos juros cobrados pelos bancos públicos – Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) – medida que levou as instituições financeiras a promover reduções em suas taxas também. A expectativa da Anefac, segundo nota divulgada, é de continuidade da trajetória de queda dos juros.

Para as pessoas jurídicas, a taxa média geral de juros passou de 3,63% ao mês em abril para 3,54% em maio – ao ano, a taxa baixou de 53,40% para 51,81%. Esta é a menor taxa média de juros na série histórica para pessoa jurídica, iniciada em 1999. Os juros médios sobre as operações de crédito para capital de giro ficaram em 2,01%, abaixo dos 2,16% de abril. A conta garantida, que é o cheque especial dos empresários, também caiu para 6,02% em maio, mas ainda elevada se comparada com os 5,74% de maio do ano passado.

 

Com agências onlines

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