O histórico palco do Teatro Oficina, no bairro do Bixiga, região Oeste da capital paulista é palco do ato-manifesto de preparação para o Festival Lula Livre na noite desta terça-feira, 28. O #EsquentaLulaLivre foi organizado como parte da construção do Festival, que acontece no próximo domingo, 2, a partir de 14h, na Praça da República.
Com a apresentação de Preta Ferreira e Bruno Ramos, o evento foi aberto pelo ator Sérgio Mamberti, que começou os discursos bastante emocionado enquanto lia o manifesto escrito por artistas e intelectuais em defesa do ex-presidente. “Queremos Lula Livre”, garantiu.
Segundo Mamberti, Lula é vítima de um processo forjado por interesses escusos.
“Lula foi silenciado, impedido de concorrer nas eleições e encarcerado para retirar o seu direito. Lutar pela liberdade de Lula é desatar o nó em que se encontra o Brasil hoje. Nosso grito por Lula Livre é o grito pela liberdade”, bradou.
Após a leitura da carta, foi a vez de Sérgio Vaz e da poeta Raquel Almeida esquentar a plateia. Na sequência, Edgard Scandurra assumiu a guitarra e animou a galera juntamente com Taciana Barros. “A ideia foi reunir artistas com diferentes linguagens, além da música. São artistas de outras linguagens para reforçar a soma de lutas com os fazedores de cultura no Brasil, pois quem vive de cultura neste momento está sofrendo com ataques, censuras e os desmontes do atual governo”, explica Leonardo Martins, do secretariado nacional da Campanha Lula Livre.
“Toda vez que eu entro neste teatro fico emocionada. Me sinto com a alma de artista. Este palco histórico também é da nossa geração. Da nossa resistência. O atual ministro da Educação não permitiu que nós, estudantes, falássemos na casa do povo (Câmara de Deputados) na última semana. Mas aqui é diferente. Aqui é o espaço da liberdade. E nós vamos resistir”, afirmou a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mariana Dias.
Segundo o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, presente no evento, “o golpe e a prisão do presidente Lula é reação. É a resposta da elite para o que o Brasil estava se tornando. Um país para o povo brasileiro. Essa é a consciência que temos que buscar com a população na rua!”, disse levantando os presentes. “É momento de (Re)existir. O Lula é gente! Essa é a grandeza dele!”, garantiu o anfitrião da festa, diretor Zé Celso Martinez.
“Nossos passos vem de longe. E isso não é teoria, é um fato. Lula precisa ser solto e isso é óbvio. Lula preso é um projeto de poder para excluir, assim como é óbvio é um projeto de genocídio da juventude negra, a morte de LGBTS, a opressão das minorias”, afirmou a deputada estadual Érica Malunguinho. “Sejamos radicais para alcançar as mudanças urgentes que tanto precisamos”, completou.