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Estado sempre precisa socorrer crise no mercado financeiro

Crises causadas por agentes do mercado financeiro têm prejudicado a economia global e estrutura estatal sempre precisa ser acionada para socorrer empresas que pareciam saudáveis antes do colapso. “A gente sempre vê o mercado sendo esse deus oculto, que está acima do bem e do mal”
Estado sempre precisa socorrer crise no mercado financeiro

Foto: Alessandro Dantas

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) chamou a atenção nesta terça-feira (21), durante a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para a turbulência que o mercado financeiro tem promovido na economia mundial. Ele destacou que, em âmbito doméstico, a economia tem vislumbrado a crise das Lojas Americanas que, aparentemente, seria uma empresa segura e robusta.

Já no âmbito internacional, mais recentemente, foi verificada a quebra de importantes bancos, como o Silicon Valley Bank (SVB) e o tradicional Credit Suisse.

“Nós estamos vendo um banco que, em tese, seria a segurança do sistema financeiro universal quebrando, o Credit Suisse. Nós vimos o Silicon Bank quebrando. Então, tem alguma coisa que o mercado não informa para a sociedade”, alertou o senador.

Para Rogério, fica evidente que sempre quando ocorre uma crise no mercado financeiro, o Estado é quem precisa socorrer tais entes do setor privado. Foi assim na crise do subprime, na quebra do Banco Nacional, e nas Lojas Americanas. O governo suíço também precisou entrar em cena para socorrer o Credit Suisse.

O Credit Suisse e o UBS podem se beneficiar de um socorro de mais de 260 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 280 bilhões) do Estado e do banco central daquele país. O valor corresponde a um terço do Produto Interno Bruto (PIB) da Suíça, que no ano passado foi de 771 bilhões de francos (o equivalente a cerca de US$ 830 bilhões). No domingo, o UBS anunciou a compra do Credit Suisse.

Do outro lado, a sociedade tem sido “massacrada” por juros elevados que reduzem o poder de compra e desaceleram a economia. O prejuízo recai, até mesmo, no setor produtivo que ao buscar crédito, acaba gastando mais com os juros nas alturas.

“Aqueles que estão trabalhando, produzindo, gerando emprego, gerando riqueza efetivamente têm sido muito prejudicados e têm sido muito massacrados por taxas de juros elevadas, as mais altas do mundo”, disse o senador. “Temos visto um endividamento muito grande das famílias; nós não conseguimos reduzir taxas de juros do crédito rotativo do cartão de crédito, do cheque especial; e a gente sempre vê o mercado sendo esse deus oculto, que está acima do bem e do mal”, completou Rogério Carvalho.

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